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'Elite de São Paulo é míope', diz Haddad

Prefeito reclama em entrevista dos meios de comunicação e da falta de apoio para renegociar a dívida da cidade

"O poder econômico é empobrecido do ponto de vista espiritual", afirmou o petista, que evitou falar em nomes

DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que a elite paulistana é "míope" e "pobre de espírito", em entrevista publicada ontem pela BBC Brasil.

O prefeito disse que a elite de São Paulo é "muito conservadora, a começar pelos meios de comunicação".

E reclamou da falta de apoio na sua cruzada para tentar renegociar a dívida da cidade, que engessa sua administração.

Haddad, no entanto, fez críticas genéricas e evitou dar nomes a seus alvos.

"Hoje infelizmente nós temos um poder econômico amesquinhado e empobrecido do ponto de vista espiritual, mas muito rico do ponto de vista material".

Para ele, é preciso "insistir e educar a elite econômica de São Paulo a olhar a cidade com outros olhos".

O prefeito afirmou que a cidade "nunca teve tão pouco dinheiro para investir".

"(Temos) uma elite míope, fazendo carga no Congresso para não votar a renegociação da dívida. (Temos) dezenas de editoriais nos jornais contra a renegociação."

Haddad encampa uma campanha pela a troca do indexador da dívida, que causaria uma redução de R$ 54 bilhões para cerca de R$ 30 bilhões no que o município deve à União.

No entanto, a presidente Dilma Rousseff desistiu de apoiar o projeto de lei, preocupada com as críticas do mercado à política fiscal.

Haddad também não conseguiu reajustar o IPTU em até 20% para residências e de 35% para imóveis comerciais, barrada pela Justiça após pedido feito pela Fiesp (federação das indústrias). O município deixará de arrecadar R$ 800 milhões em 2014.

Mesmo com os problemas, o prefeito afirmou que São Paulo tem potencial para se transformar em uma Xangai.


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