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Tropa treina 3 h por dia para acompanhar protestos no Rio

Para aguentar longas caminhadas, batalhão especial para passeatas tem aulas de 'crossfit', que inclui levantamento de peso e atletismo

FABIO BRISOLLA DO RIO

O grupamento da PM do Rio criado especialmente para os protestos de rua tem passado por treinamento diário de pelo menos três horas que inclui aulas de "crossfit" --método de preparo que combina ginástica, levantamento de peso e atletismo.

Foi a solução encontrada para deixar a tropa apta a encarar as longas caminhadas, conduzidas geralmente pelos "black blocs", que atravessam bairros e andam por quilômetros pela cidade. "Não basta acompanhar. É preciso chegar no fim da caminhada em boas condições físicas", diz o major Heitor Pereira.

Ele é subcomandante do BPGE (Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos), criado em 6 de janeiro e sediado no mesmo quartel do Batalhão de Choque da PM, no centro do Rio, onde acontece boa parte dos protestos.

O BPGE reúne 600 policiais. Um terço forma o GPPM (Grupamento de Policiamento de Proximidade em Multidões), incumbido de seguir os passos de "black blocs" (que adotam a tática de destruição de patrimônio) e afins. A identificação na farda do efetivo do GPPM é feita por letras e números, o que o tornou conhecidos como "os alfa numéricos".

Segundo o major Pereira, os 200 policiais da GPPM treinam todas as manhãs. Professores de judô, jiu-jitsu, krav magá e box tailandês ensinam defesa pessoal e técnicas de imobilização.

A tropa dos protestos também treina o manuseio de armas classificadas pela PM de não letais como bombas de gás lacrimogêneo, granadas de efeito moral, sprays de pimenta e pistolas de choque.

O comando da PM do Rio proibiu o uso de balas de borracha, porém o treinamento com este armamento é parte da rotina --por precaução.

CAPITAIS DA COPA

As polícias de outras capitais que sediarão jogos da Copa também se preparam para os protestos. Entre as ações, há monitoramento de redes sociais, compra de armas não letais e cursos sobre situações de risco.

A PM curitibana aposta em abordagens preventivas na concentração dos protestos. Foi instalado na cidade um centro de monitoramento com cerca de mil câmeras. Dois caminhões equipados funcionarão como centros de comando móveis no estádio.

Em Porto Alegre (RS), a ordem é atuar nos protestos com "muita superioridade" numérica, para evitar usar a força. Os policiais de Natal (RN) e Fortaleza (CE) participam de treinamento do Ministério da Justiça sobre como agir em casos de ameaças de bombas, ações violentas e aglomeração de pessoas em vias de acesso na Copa.

Natal também investe em equipamentos antibomba, escudos, sprays de pimenta e câmeras de segurança.


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