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Prefeitura de SP corta 12 árvores de parque tombado

Conselho de patrimônio, responsável pela preservação do parque da Independência, afirma que não foi consultado

Secretaria afirma que elas corriam risco de cair e foram derrubadas por precaução; palmeira tinha 60 anos

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Doze árvores --entre elas uma palmeira-leque com cerca de 30 metros e mais de 60 anos -- foram derrubadas pela Prefeitura de São Paulo no parque da Independência, no Ipiranga, sem autorização.

A área verde, anexa ao famoso museu do Ipiranga, é tombada como patrimônio histórico. Por isso, qualquer intervenção, mesmo a poda ou o corte de árvores, precisa de permissão do órgão estadual responsável pela preservação do local, o Condephaat, que diz não ter sido consultado.

As árvores foram cortadas nas últimas semanas pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Onze ainda devem ser derrubadas, segundo o despacho da pasta publicado no "Diário Oficial". Há ainda outras árvores a serem podadas ou transferidas de local.

A administração do complexo é dividida entre a prefeitura, que cuida do parque, e a USP, responsável pelo museu. Há ainda um conselho gestor, formado por seis moradores do bairro na zona sul.

A secretaria argumenta que as 23 árvores corriam risco de cair e que 21 delas eram jovens e de pequeno porte. O corte, diz a pasta, é para garantir a segurança de funcionários e frequentadores.

Algumas das 12 derrubadas estavam no entorno de um transformador elétrico com fios à mostra. A secretaria prevê que uma clareira de 12 metros seja aberta ao redor do equipamento.

A palmeira-leque cortada ficava bem em frente à sede do museu, fechado para reformas desde o ano passado.

Outro exemplar dessa espécie, com 89 anos, só não foi derrubado na terça passada porque um membro do conselho gestor se pôs à frente dela.

"Falei que não iam cortar e pronto", afirma Celso Henriques de Paula, 58.

Após discussões, um funcionário do parque ligou para o Condephaat e descobriu que o órgão não havia sido consultado pela prefeitura. O conselho de patrimônio diz que vai enviar um técnico para avaliar as medidas da gestão Fernando Haddad (PT).

A secretaria afirma que as ações estão previstas "no escopo do contrato de manejo e são executadas considerando vegetação e o local onde [a árvore] está plantada".

A pasta diz que, como corriam risco de cair e ferir frequentadores, as árvores podem ser removidas em caráter emergencial sem a aprovação do Condephaat. Além disso, afirma que solicitou 125 mudas para plantio no parque.


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