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Boliviano que tentou vender compatriotas é identificado
Ele é dono de oficina de costura, diz ministério
O Ministério do Trabalho em São Paulo identificou Serapio Arriaga Maigua como o suspeito de tentar vender jovens bolivianos numa feira livre no centro da capital paulista no dia 10 deste mês.
Também boliviano, ele foi notificado ontem por fiscais em sua oficina de costura em Cabreúva (78 km de SP). O órgão também notificou a empresa Atmosfera, de Jundiaí (58 km de SP), para a qual a oficina prestava serviço.
O auditor fiscal do ministério Renato Bignami diz que Maigua não foi preso porque não houve flagrante e está de forma legal no Brasil, mas as informações reunidas serão passadas à Polícia Federal. "Encontramos dois peruanos e outros 12 bolivianos trabalhando na oficina."
De acordo com o auditor, Maigua assumiu ter tentado vender três jovens. "Ele disse que teve uma briga com os três porque eles eram muito arruaceiros e estavam sempre bêbados. Disse que tentou vendê-los por R$ 1.000 cada, pois não sabia que era ilegal."
Dois jovens tiveram a viagem de volta ao país de origem paga pelo Consulado da Bolívia. O outro não foi localizado.
A Atmosfera foi notificada porque os fiscais constataram que toda a produção da oficina é destinada à empresa, que é líder no segmento de gestão e higienização de uniformes. Segundo fiscais, ela pertence ao grupo francês Elis.
Os responsáveis pela Atmosfera foram convocados para uma audiência hoje. A Folha tentou localizá-los ontem, mas foi informada, por uma funcionária, que o expediente havia se encerrado.
A reportagem não conseguiu contatar Maigua.