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Polícia intima manifestantes a depor na hora de protesto

Foram chamadas cerca de 40 pessoas; ato contra a Copa será no centro

PM mostra potencial de artefato achado com jovem baleado; advogado fala em 'linchamento público'

CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

A polícia de São Paulo intimou cerca de 40 pessoas, investigadas sob acusação de participar de atos violentos em manifestações, a depor hoje. Elas terão que comparecer às 16h, uma hora antes do protesto contra a Copa, programado para o centro.

O depoimento será na sede do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), na zona norte. A medida seria uma tentativa de esvaziar o ato, convocando possíveis adeptos da tática "black bloc" (que prega a destruição de patrimônio).

Organizada pelo Facebook, a manifestação tinha, até ontem à tarde, mais de 13 mil pessoas confirmadas.

"Se eles estão tentando esvaziar a manifestação, não vão conseguir, pois foram convocadas entre 40 e 50 pessoas", afirmou o administrador de empresas Lauro Shida, um dos intimados.

Ele atua na organização de atos desde junho, mas afirma que nunca foi preso ou abordado pela polícia. "Não sou adepto da tática black bloc'."

A Secretaria de Segurança confirmou os depoimentos agendados para hoje.

Segundo o advogado Otavio Augusto de Rossi Vieira, se um intimado não comparece nem se justifica, pode ser alvo de novo inquérito, por desobediência. "Daria uma multa, mas ninguém vai preso por causa disso."

A PM vai usar na manifestação de hoje a "Tropa do Braço", conforme antecipou a Folha. São homens com habilidades de artes marciais e a missão de identificar possíveis vândalos infiltrados e retirá-los da manifestação.

ARMAS DOS PROTESTOS

Ontem, a PM fez uma demonstração do potencial de destruição do artefato apreendido com Fabrício Proteus Chaves. É o manifestante que reagiu a uma abordagem da PM e acabou baleado, após protesto em janeiro.

Na demonstração feita pelo Gate (esquadrão antibombas da PM), porém, não houve explosão significativa. A polícia diz que a quantidade usada foi inferior à real.

Segundo o comandante, Ricardo Folkis, se o material --incendiário, e não explosivo-- fosse colocado embaixo de um carro, poderia causar uma tragédia. Porém, seu efeito não se compara ao de um coquetel molotov, disse.

"O que estão fazendo é um linchamento público de uma pessoa que levou dois tiros", afirmou Carlos Weis, defensor público de Chaves --que voltou a ser internado na quinta, com uma infecção provocada pelos ferimentos.


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