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Cotidiano

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Adélia da Silva Silva (1909-2014)

Rezava o terço todo dia 13 de junho

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Metade dos dias 13 de junho vividos pela centenária Adélia da Silva Silva foi sempre igual. Reunia em sua casa dezenas de pessoas, de crianças a idosos, para rezar o terço para santo Antônio, do qual era muito devota.

O costume só foi abandonado por causa da saúde frágil. Mas, como boa católica fervorosa, fazia orações diárias e ainda visitava cada uma das igrejas da paulista Cravinhos, sua terra natal. Era considerada a mulher mais idosa do município.

Filha de ex-escravos, passou a infância no sítio, que só deixou após se casar com Jacinto. Chegou a voltar para lá ao ficar viúva, no começo da década de 1940, mas, anos mais tarde, encontrou uma casinha modesta para viver na cidade ao lado dos dois filhos.

Para sustentar os pequenos, passou a trabalhar como cozinheira. Nos tempos em que não existiam bufês para casamento, era contratada para fazer a comida de inúmeras festas. Conta a família que seus pratos eram muito elogiados pelos convidados.

Criava galinhas no quintal e cuidava das plantas e da horta, hábitos adquiridos nos anos vividos na zona rural.

Mulher de personalidade forte, era muito simples e humilde. Em seus aniversários, pedia que quem quisesse presenteá-la trouxesse cestas básicas, que depois eram distribuídas a moradores carentes.

Contar histórias que marcaram sua vida era um dos passatempos favoritos. E conseguia a atenção de todos com sua voz calma e serena.

Morreu na sexta-feira (14), de causas naturais, aos 104 anos. Deixa os filhos, Luís e Sebastião, e a neta, Katya.


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