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Maria Ângela de Albuquerque Faria (1923-2014)

Foi madrinha do Boi Garantido

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Não bastava desenhar a cara do Boi Garantido ou um enorme coração vermelho no fundo da piscina. Enquanto houvesse a possibilidade de refletir o céu azul na água, ninguém podia se refrescar na casa de Maria Ângela Faria.
A solução foi pintar os azulejos, mesmo recurso usado quando aparecia por lá qualquer coisa, como uma simples hélice de ventilador, na cor do "contrário" Caprichoso.
Dona Maria lançou moda até nos botijões de gás, que sempre recebiam uma cobertura vermelha antes de irem para a cozinha. Com o tempo, eles passaram a ganhar a coloração ainda no distribuidor.
A paixão pelo Garantido começou logo depois de ela e o marido, José Pedro, chegarem a Parintins (AM), lá pelos anos 40, vindos de Belém. Na época, o boi-bumbá desfilava apenas pelas ruas da cidade.
Com a criação do Festival Folclórico de Parintins, em 1965, a família toda dedicou-se de um jeito ou de outro ao boi vermelho. José, por exemplo, tirava dinheiro da mercearia para financiar a agremiação. Já o filho Paulo foi apresentador de 1975 a 2001.
Dona Maria, no entanto, não ficou conhecida só pela casa vermelha e branca -que virou ponto turístico. Foi dela a sugestão de mudar o coração na testa do boi de preto para a cor do sangue.
No dia 12 de janeiro, ao completar 91 anos, foi presenteada com um dos bois-bumbás. Colocou-o em um lugar de destaque na sala e limpava-o com todo o cuidado.
Viúva desde 2007, morreu na quinta-feira (20), deixando cinco filhos, netos e bisnetos. Foi enterrada sob a bandeira do Boi Garantido.


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