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Um dos nove mortos em MG era refém
Professor foi rendido por suspeitos de integrar quadrilha de roubo a bancos ao sair da casa da namorada, em Itamonte
Homem que sequestrou taxista para fugir do cerco em Minas foi morto em bloqueio em São José dos Campos
A Polícia Civil admitiu ontem que o professor Silmar Júnior Madeira, 31, morto em Itamonte (MG) com suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo a bancos, era usado como escudo pelos criminosos.
Foram registradas nove mortes na madrugada de sábado, durante tiroteio entre os suspeitos e policiais de Minas Gerais e de São Paulo.
"A polícia reconhece que ele era refém. No momento do tiroteio, não sabíamos", disse ontem o delegado Ruy Ferraz Fontes, chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
"Ele desceu de um Palio com um ladrão armado de fuzil que disparou contra os policiais. Infelizmente, o professor foi atingido e morreu. É lamentável. Foi um ponto negativo", disse Fontes.
Segundo a família, Madeira foi rendido ao sair da casa da namorada. Dois ladrões o obrigaram a dirigir seu Palio até a saída da cidade.
Ali, a polícia tinha montado um bloqueio para impedir a fuga dos criminosos que escaparam do primeiro confronto no centro de Itamonte --onde um caixa eletrônico chegou a ser explodido.
As polícias de Minas e São Paulo, que investigavam a quadrilha havia pelo menos três meses, montaram uma operação com 80 homens e surpreenderam o grupo.
A família do professor pede justiça. "Ele foi vítima. Alguém tem que assumir esse erro. Um inocente foi morto", disse o sargento da PM Giovani Antonio Alves Madeira, 47, irmão do professor.
Segundo o sargento, além de lecionar, Madeira era sócio em uma empresa em Passa Quatro (MG).
SEQUESTRO
Apontado como um dos fugitivos de Itamonte, Diogo Matias, 24, foi morto anteontem à noite em confronto com policiais militares em São José dos Campos (a 97 km de SP). O parceiro dele, Deusdete Souza, 37, foi preso.
A dupla escapou do cerco em Minas, sequestrou um taxista e o obrigou a dirigir até São José dos Campos. A PM fez um cerco na rodovia. O taxista escapou ileso.
Com isso, subiu para nove o número de suspeitos envolvidos no ataque em Minas mortos em confronto. Cinco pessoas foram presas.