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Luiz Benedito de Castro Telles (1943-2014)

Planejava presentear 77 amigos

JOSÉ MARQUES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não havia tempo improdutivo para Luiz Telles. Arquiteto de formação e professor universitário, foi responsável, ao lado de Eurico Prado Lopes, pelo projeto do Centro Cultural São Paulo.

Nas horas livres, mantinha o hábito de fazer gravuras, cerâmicas e pinturas a óleo e a guache. Pintava paisagens, abstrações, retratava pessoas e também exercitava o traço de arquiteto.

Não vendia nem tentou expor suas obras: presenteava as artes aos amigos.

Filho de uma dona de casa e de um fazendeiro de café, nascido em Garça, no noroeste de São Paulo, Luiz dizia que nunca teve vocação para administrar fazenda, como seus pais queriam.

Aos 14 anos, quando ainda era chamado de Bidito --devido ao segundo nome--, foi estudar na capital. Depois, entrou no Mackenzie.

Ganhou o apelido de "Careca" ao ter o cabelo raspado no trote feito pelos veteranos do curso. Ao se graduar, montou, com mais três pessoas, um escritório de arquitetura.

Anos mais tarde, faria mestrado e doutorado e lecionaria na mesma instituição.

Luiz morreu no domingo (23), aos 70 anos, vítima de broncopneumonia decorrente de um câncer no intestino grosso. Tinha quatro irmãos: José, Anézio Filho, Yvone e Terezinha. Não deixou filhos.

Sua última criação ficou incompleta: de um quadro que pintaria, planejava fazer 77 cópias para dar a cada pessoa que considerava próxima.


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