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Nathalino Antônio Augusto (1909-2014)

Natal e as histórias da Revolução de 1932

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

O ex-combatente Nathalino Antônio Augusto não perdia uma oportunidade de, acompanhado por uma bela macarronada, chamar alguém ao seu lado para recordar as marcantes histórias que vivenciou na Revolução Constitucionalista de 1932.

Natal alistou-se para soldado aos 23 anos. No campo de batalha, como gostava de afirmar, "pegou em armas, mas nunca matou ninguém".

Certa vez, contava, ao encontrar um soldado inimigo desprotegido e sozinho, em vez de entregá-lo, apenas disse: "Corre o mais rápido que puder e não olhe para trás".

Último combatente vivo de Campinas, cidade do interior paulista onde nasceu, ganhou diversas condecorações e participava religiosamente das festividades de 9 de julho, data na qual o Estado de São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista. As medalhas de honra guardava em uma antiga caixa de lenços.

Tinha como passatempos ler e andar. Aos cem anos, comprou um celular e ainda usava transporte público. Sorria todo charmoso quando não acreditavam que ele já havia passado dos 80. Para ele, estava "tudo legal" em qualquer circunstância.

Na infância, dedicava-se aos estudos e ao futebol. Tirava notas excelentes na escola e ainda era titular garantido na zaga do time.

Filho de um casal de imigrantes italianos, trabalhou com comércio e alfaiataria depois de voltar da guerra.

Morreu na quarta-feira (26), aos 104 anos, de causas naturais. Viúvo de Zuleika, com quem foi casado por mais de seis décadas, teve dois filhos, Sérgio e Eliana, cinco netos e três bisnetos.


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