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Mãe mata filho e namorada dele e se suicida, diz polícia
Os 3 corpos foram achados em apartamento de alto padrão na Vila Leopoldina
Pediatra não aprovava namoro do filho, que estudava medicina na Santa Casa; vizinhos ouviram gritos
Uma mulher, o filho dela e a namorada do filho foram encontrados mortos na manhã de ontem dentro de um apartamento de alto padrão na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo.
Segundo a polícia, a pediatra Elaine Moreira Munhoz, 56, matou o casal e se matou.
O motivo da tragédia ainda está sendo investigado.
Vizinhos dizem que a mulher não gostava do relacionamento do filho com a namorada --ambos eram estudantes de medicina.
A polícia afirma ainda que ela sofria de depressão e estava descontente com o desempenho dele na faculdade.
A empregada da família estava no apartamento --avaliado em R$ 1,4 milhão-- e ouviu os tiros às 8h20.
Segundo a polícia, Mariana Marques Rodella, 25, foi baleada na cama. O namorado dela, Giuliano Munhoz Landini, 25, foi atingido após chegar em casa --ele havia saído para caminhar com seu cachorro pelo bairro.
O casal namorava havia cerca de seis anos e planejava casamento.
O pai dele, o cirurgião Alexandre Landini, 55, havia saído para trabalhar horas antes.
A empregada, que ligou para a polícia, disse ter fugido do local ao ouvir os tiros.
Segundo o delegado Daniel Cohen, responsável pela investigação, Elaine utilizou um revólver calibre 38 e efetuou oito disparos.
A polícia investiga se houve algum planejamento na ação, pois suspeita que Elaine atirou no banheiro para testar a arma e que recarregou o revólver, que tem capacidade para seis balas, entre as sequências de disparos.
Mariana foi encontrada na cama com tiros embaixo do braço e no ouvido. Giuliano estava na sala com marcas no rosto, no coração e no braço.
Elaine foi achada no quarto, com a porta trancada, com um tiro na boca.
A polícia ainda não identificou o dono da arma. O marido dela disse não ser dele.
"A médica fazia terapia há algumas semanas, estava com depressão e descontente porque o filho não estava indo bem na faculdade. Ele estaria faltando", disse Cohen, que vai ouvir o psiquiatra dela.
Em depoimento, Alexandre disse que a mulher estava introvertida desde o fim do ano passado e que tinha dificuldade de se expressar. Nessa época, passou a escrever frases desconexas --alguns papéis foram apreendidos.
Vizinhos do apartamento relataram ter ouvido gritos antes dos últimos disparos. Giuliano, aluno da Santa Casa, disse "não" várias vezes antes de ser morto.