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Vizinhos ouviram gritos em apartamento

Jovem gritava 'não, não, não', diz empregada de prédio onde três foram encontrados mortos a tiros na Vila Leopoldina

Barulho de móveis arrastando e luminária amassada indicam possível briga antes de crime, diz polícia

DE SÃO PAULO

Vizinhos do apartamento onde Elaine Moreira Munhoz, 56, Mariana Marques Rodella, 25, e Giuliano Munhoz Landini, 25, foram encontrados mortos ontem de manhã na Vila Leopoldina disseram ter ouvido gritos antes dos últimos disparos de arma.

A empregada Maria de Jesus de Souza, 53, que trabalha no quinto andar do mesmo prédio, afirmou ter identificado a voz de Giuliano.

"Ouvi barulhos de móveis arrastando e o menino gritando não, não, não'", contou.

A polícia também diz que encontrou uma luminária amassada na sala --que pode ser indício de briga ou resistência antes do crime.

O representante comercial Eduardo Amaral disse que o pai dele, que mora no quarto andar, também escutou gritos. "Meu pai disse que o rapaz ficava gritando não' e depois ouviu os estampidos."

Maria de Jesus disse que vizinhos comentavam sobre brigas por causa do namoro dele. "Ela não aceitava o casamento do único filho", disse a empregada, ressalvando que eles "não faziam barraco".

"Estou muito abalada. Ele era um menino exemplar e a Elaine era uma boa mãe. Nunca vi uma discussão", afirmou Carolina Dias, que mora no apartamento de cima.

O médico Rafael Criscuolo, que trabalhou com Elaine por nove anos na UBS (Unidade Básica de Saúde) de Alto de Pinheiros, disse que ela estava triste nos últimos dias.

"Eu nunca tinha visto ela tão diferente antes. Ela era muito querida entre os amigos de profissão. Trabalhou com a gente até antes do Carnaval, mas tirou alguns dias de folga nesta semana."

"Ela foi pediatra dos meus filhos, era uma pessoa coerente, sensata, calma. Estou abismada", disse Marilene Godoy, que conhecia a médica havia cerca de 30 anos.

Segundo a polícia, Mariana era sobrinha de um magistrado. O secretário Fernando Grella (Segurança Pública) esteve no local ontem, mas a pasta informou se tratar de motivos pessoais, por conhecer uma das famílias.

A faculdade de medicina da Santa Casa, onde Giuliano cursava o 4º ano, afirmou estar consternada e decretou luto de três dias. A Unisa (Universidade de Santo Amaro), onde Mariana cursava o 6º ano de medicina, disse ter recebido a notícia com "profundo pesar".


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