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Preso suspeito de assaltar copeira que acusou ator

Delegado diz que deteve homem com base na semelhança com Vinícius Romão

Detido nega autoria do crime; ator ficou 16 dias na cadeia após ser confundido com o assaltante

BRUNO CALIXTO DO RIO

Bastante parecido com o ator Vinícius Romão, 27, foi preso quinta-feira à noite Dione Mariano da Silva, 24. Segundo a polícia, ele é suspeito de assaltar a copeira Dalva Moreira da Costa, no início de fevereiro.

Por um engano da vítima, que havia identificado Romão como o assaltante, o ator passou 16 dias preso.

Silva foi detido no Engenho de Dentro, zona norte do Rio, mesmo bairro onde Dalva foi assaltada. Ele negou envolvimento no crime.

Segundo o delegado Marcelo Ambrósio, Silva foi preso com base na semelhança física com Romão. "Por enquanto nos baseamos nisso, porque não há provas e não havia mandado de prisão contra ele", disse.

Também atuando na investigação, o delegado Niandro Lima, responsável pela prisão de Romão, disse que a imagem de Silva será divulgada para que possíveis vítimas possam identificá-lo.

"Ele só confessou ser usuário de drogas e ter cometido outros furtos, mas negou envolvimento neste caso", afirmou o delegado Lima.

A polícia chegou a Silva depois que moradores informaram que havia um homem parecido com o ator perambulando pelas ruas do bairro.

"Fomos até o local indicado e o prendemos. Ele carregava uma camiseta e um par de tênis. Dentro de um dos tênis havia uma arma", disse o delegado.

Silva foi indiciado por porte ilegal de arma --um revólver calibre 32 com seis balas. Ainda segundo o delegado, Silva tem um registro na 24ª DP (Piedade) por furto.

Lima disse que serão chamados para depor uma irmã de Dione, a copeira vítima do assalto e o policial que prendeu Vinícius Romão.

ENGANO

Ao ser solto, em 26 de fevereiro, Romão contou que na noite da prisão um policial o abordou quando voltava a pé para casa. Ele estava de camisa preta, com celular preso ao braço ouvindo música.

"Eram dois caras e a mulher. Um deles pediu para eu virar e apontou uma arma para as minhas costas. Eu disse braço (gíria para alguém forte), não sou eu quem vocês estão procurando", contou.

Familiares e amigos de Romão começaram uma mobilização na internet para provar sua inocência.

Mas ele só foi solto após Dalva admitir na delegacia que, no dia do assalto, "ficou em dúvida se tinha sido realmente ele o autor do roubo".

A bolsa roubada não foi encontrada com ele. Ao sair da cadeia, bem mais magro e de cabeça raspada, disse: "Há muitos Vinícius lá dentro".


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