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Sebastião Raimundo Paiva (1928-2014)

Padre homenageado no Carnaval

ANGELA BOLDRINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Carnaval deste ano em São João del-Rei, cidade do período colonial no interior de Minas, teve algo de diferente. Na segunda-feira, as escolas que desfilavam na avenida fizeram um minuto de silêncio.

Paradas as baterias, houve uma salva de palmas e, depois, bandolins tocaram uma versão carnavalesca da música sacra "Ave Maria".

Tudo para homenagear Sebastião Raimundo Paiva, nascido na cidade e pároco emérito da Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar.

Filho mais velho do segundo casamento do pai, padre Paiva, como era chamado pelos fiéis, passou seis décadas como sacerdote.

É conhecido por ter encontrado a certidão de nascimento de Nhá Chica, a "mãe dos pobres de Baependi".

Isso possibilitou que ela se tornasse a primeira mulher negra e analfabeta a ser beatificada pela Igreja Católica.

Apesar de agraciado com o título de monsenhor, honraria concedida aos sacerdotes por meio do pedido de bispos locais, padre Paiva nunca quis usar a batina vermelha a que então teria direito. Sempre preferiu a comum, preta.

Na paróquia, demonstrava preocupação com os desfavorecidos e com projetos de cunho social desenvolvidos pela comunidade.

A "menina de seus olhos" era a creche no bairro do Senhor dos Montes, onde amigos dizem que as cerca de 80 crianças atendidas costumavam chamá-lo de "avô".

Morreu na segunda-feira (3), aos 86 anos. Deixa dois irmãos mais novos, Margarida e João. É o único padre enterrado na cripta da catedral, reservada aos bispos.


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