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Carlos Alberto Luppi (1950-2014)

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Dedicou-se aos direitos humanos

DE SÃO PAULO

O trabalho do jornalista Carlos Luppi marcou a luta pelos direitos humanos no Brasil nas décadas de 1980 e 1990. Sua dedicação e seriedade para lidar com o assunto rendeu-lhe mais do que a admiração de colegas.

Recebeu duas vezes o prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, uma delas pela série de reportagens publicada na Folha "O país da pena de morte", que denunciou nos anos 1980 assassinatos cometidos pela Rota.

Pelo conjunto de reportagens produzidas entre 1987 e 1998 sobre a situação da criança brasileira, ganhou o prêmio internacional Jock Elliot de Contribuição à Humanidade.

Também venceu o Esso de Reportagem ao denunciar, com a colega Cecilia Prada, a situação de menores internados em manicômios.

Carlos escreveu ainda livros relacionados aos direitos humanos, como "Manoel Fiel Filho: Quem Vai Pagar por Este Crime?", que provou que a versão oficial do 2º Exército de que o operário cometera suicídio era mentira.

Nos anos 1990, deixou as Redações por "sentir que não estava mais tendo espaço".

Trabalhou então na criação de campanhas publicitárias e com roteiros para televisão e documentários --áreas nas quais também foi premiado.

Ultimamente, era redator especial da revista e do site "Justiça & Cidadania". Tinha acabado de finalizar o livro "Um Vazio no Coração do Mundo", escrito em parceria com o jornalista Hugo Studart.

Morreu na terça-feira (4), aos 63, de infarto. Deixa a viúva, Simonetta, com quem teve Carolina, e a neta, Lola.

Às 19h de hoje será realizada uma cerimônia budista na sede regional da Soka Gakkai em Botafogo, no Rio.


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