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'Não posso reconhecer ninguém', diz copeira

Vítima de roubo que levou à prisão de ator por engano diz estar abalada

Dalva da Costa preferiu ficar em silêncio no reconhecimento de novo suspeito; 'Não quero errar de novo', diz

BRUNO CALIXTO DO RIO

"Cometi um erro e todos estão me crucificando. Sou vítima também. Não quero cometer o mesmo erro de novo", disse à Folha a copeira Dalva Moreira da Costa, 51.

No início de fevereiro, ela reconheceu o ator Vinícius Romão, 27, como o homem que a assaltara quando saía do trabalho, no Engenho Novo, zona norte do Rio. O rapaz ficou 16 dias preso, até que Dalva disse na delegacia que poderia ter se enganado na identificação.

Na semana passada, a polícia prendeu Dione Mariano da Silva, 24, suspeito de ser o autor do crime.

A copeira foi convocada para, outra vez, reconhecer o suspeito. Ainda muito abalada, Dalva contou que, ao ver Dione através do vidro, preferiu não falar nada. "Não tenho condições psicológicas de reconhecer mais ninguém", disse ao delegado.

Após Romão ser solto, ela pediu desculpas ao rapaz por telefone num programa de televisão. "Se eu o encontrasse diria o mesmo novamente."

Dalva trabalha num hospital particular no Méier, zona norte, e mora num bairro próximo com os filhos, de 28 e 18 anos. Ela, que nunca havia sido roubada antes, descreveu o ocorrido como "os piores momentos" de sua vida.

"Quando percebi, ele estava me mostrando uma espécie de punhal, gesticulando com a arma, até me empurrar e puxar minha bolsa."

Dalva levava documentos e cartão de transporte, nada que tenha tanto valor como as noites que tem passado acordada. "Não durmo mais. Senti muita dor no peito ontem. Acho que só vou conseguir retornar ao trabalho na próxima sexta", disse.

BENS

Vinícius Romão prestou depoimento ontem na Corregedoria da Polícia Civil e relatou o sumiço dos bens que levava quando foi preso. Um par de tênis, um par de meias, dois celulares, uma braçadeira e um fone de ouvido desapareceram na 25ª DP.

Segundo o delegado Niandro Lima, o procedimento é devolver os pertences aos parentes e, por isso, será aberta umas sindicância para averiguar o que aconteceu no caso de Romão.


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