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Vigia de teleférico é preso em ação contra mortes de policiais em UPPs
Foram presos sete homens e apreendido um adolescente, suspeitos de matar dois PMs, no Rio
Investida é citada como reação aos ataques de traficantes a policiais militares no Alemão e na Vila Cruzeiro
Policiais civis do Rio prenderam ontem sete homens e apreenderam um adolescente de 17 anos. São suspeitos de matar dois PMs de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) dos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte carioca.
Investigações apontam que os criminosos contavam com o auxílio de um segurança de uma estação de teleférico do conjunto de favelas do Alemão. O vigia é acusado de repassar, via mensagem de celular, a movimentação da polícia. Ele está entre os presos.
Na Secretaria de Segurança, a investida é considerada uma reação aos ataques de traficantes a policiais militares na UPP dos complexos do Alemão e da Vila Cruzeiro.
O plano da secretaria é levar o maior número possível de policiais para a região, numa tentativa de impedir ataques de traficantes.
A ideia é que PMs e policiais civis façam operações diárias nos complexos de favelas, reforçando assim o efetivo das oito UPPs locais.
Até o momento, não há qualquer pedido no Exército ou no Ministério da Defesa de nova ocupação militar no complexo de favelas.
A possibilidade foi comentada pelo secretário José Mariano Beltrame, na edição de domingo do jornal "O Globo".
OPERAÇÃO
A operação ontem nos complexos do Alemão e da Penha começou ainda na madrugada.
Por volta das 15h, os policiais ainda tentavam cumprir outros três mandados de prisão. Todos são acusados de tráfico e associação para o tráfico. Os presos não tiveram os nomes divulgados.
Em pouco mais de um mês, três policiais militares morreram na região ""o último foi o soldado Rodrigo de Souza Paes Leme, no dia 7, na favela Nova Brasília, Complexo do Alemão.
A polícia afirma que um dos presos teria sido o autor dos disparos que atingiram e mataram o soldado.
Ontem, durante a operação policial realizada no Complexo do Alemão, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli realizaram análises no local onde o soldado Paes Leme foi baleado e morto.
O delegado da Divisão de Homicídios do Rio, Rivaldo Barbosa, diz que Igor Cristiano Oliveira, conhecido como Salgadinho, foi reconhecido por policiais da UPP. Ele está foragido.
Um adolescente de 17 anos também teria efetuado disparos contra policiais.