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Agentes em greve barram entrada de presos em SP
Em assembleia, servidores rejeitam proposta do governo e decidem manter paralisação
Agentes penitenciários em greve impediram a entrada de um comboio com presos no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo, e na penitenciária de Martinópolis, a 539 km da capital paulista, ontem.
O primeiro bloqueio ocorreu na cidade do interior, pela manhã. Grevistas fizeram um cordão de isolamento em frente ao presídio de Martinópolis e barraram a entrada do comboio com detentos.
Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), a prisão é usada como ponto de encontro de viaturas que levam presos do oeste paulista à capital. Eles seriam transportados ao local para uma troca de veículos.
À tarde, os presos que estavam em Martinópolis chegaram ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, onde também tiveram a entrada impedida por agentes.
Os servidores só liberaram o acesso após uma negociação com o diretor da unidade.
Ontem, os grevistas fizeram uma nova reunião e decidiram rejeitar a proposta do governo, mantendo a paralisação, que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado.
Há 30 mil agentes penitenciários no Estado. A categoria pede reajuste salarial de 20,64%, redução de 8 para 6 classes e aposentadoria especial com 25 anos de carreira.
O governo oferece redução de 8 para 7 classes, pagamento de diárias especiais e reajuste do adicional de periculosidade para parte dos agentes penitenciários.