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Contra

'Prefeitura não mostrou que terá infraestrutura'

DE SÃO PAULO

A urbanista Lucila Lacreta, do Instituto Defenda São Paulo, afirma que o projeto da prefeitura não leva em conta a saturação que já acontece nos locais onde se quer incentivar o adensamento.

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Folha - O que a senhora acha da ideia de adensar os eixos de transporte?
Lucila Lacreta - A proposta de verticalização nos eixos é o padrão da Paulista e da Faria Lima. A prefeitura não mostrou que a cidade terá infraestrutura para milhões de metros quadrados adicionais. Escola, posto de saúde, área de lazer, áreas verdes.

A alegação é que as construções serão onde há infraestrutura.
Eu discordo. Basta tomar um metrô ao longo da avenida Jabaquara, que já está toda saturada. Vai poder verticalizar ao longo de Rebouças, Pinheiros e Francisco Morato. A Francisco Morato é um congestionamento de ponta a ponta.

O assunto foi bem discutido nas audiências?
Houve muita audiência pública, mas não está claro o que foi acolhido e o que não foi. A cidade que as pessoas querem é amena, equilibrada, não tão congestionada, onde os serviços públicos funcionem. Até agora a gente não tem nenhum indício de que isso vai acontecer. O que temos é que poderão ser construídos milhões de metros quadrados adicionais em algumas áreas.

Outra aposta é a descentralização de emprego.
Até agora não deram a fórmula de como fazer isso. Na minha opinião, quem vai morar perto do emprego é quem tem renda. No fim, não há nenhuma política de suprimento de interesse social que de fato corrija essa questão.

Os incentivos fiscais não cumprem esse papel?
Os incentivos fiscais não são suficientes. Em termos do valor do investimento, ISS é no máximo 5%, IPTU é 1%. Nas periferias, acesso é inadequado. O investidor não vai investir onde não tem acesso, transporte.


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