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A favor

'É melhor que a cidade cresça onde tem transporte'

DE SÃO PAULO

O professor da FAU-USP Renato Cymbalista afirma que a proposta do Plano Diretor trabalha bem dentro das limitações impostas pela cidade.

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Folha - Como o sr. avalia o Plano Diretor proposto?
Renato Cymbalista - Eu apoio de uma forma geral. Ele trabalha com a ideia que a cidade precisa ser muito adensada nos locais onde há uma infraestrutura de transporte, que é a mais definidora dos problemas da cidade. Eu gosto dessa leitura, porque acho que ela é acertada.

Há dúvidas se a infraestrutura dessas regiões suportaria essa demanda.
A gente não tem como comprovar. Se a cidade tiver que crescer em algum lugar, é melhor que cresça onde tem transporte. É melhor do que crescer na periferia, onde historicamente tem um crescimento grande. É uma cidade que tem limitações. A gente nunca vai ter uma malha de metrô linda como a de Paris. É longe de ser a cidade ideal.

Uma das apostas é ampliar a zona rural. O que o sr. acha?
Eu acho que nós temos mais chance hoje do que tivemos nas últimas décadas de preservar. O Estado está mais presente, o crescimento demográfico está menor. É difícil, mas temos mais chances.

Como não cair no erro de fazer um Plano Diretor que fique só na teoria, como aconteceu com o último?
Um conjunto de pressupostos que estavam pensados no Plano Diretor não foram para a frente porque houve uma mudança na gestão. Uma parte importante do que não foi aplicado tem a ver com essa descontinuidade, que não sei se foi boa ou ruim, porque foi o processo democrático.

Há algo que deveria e não foi tocado no projeto?
Eu gostaria de ter visto mais discussão a respeito dessas zonas 1 da cidade, que são essas casas gigantescas em Pacaembu, Morumbi, Jardim Europa. Elas poderiam ser subdivididas, como acontece em vários lugares do mundo.


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