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Noite de sumiço de Amarildo teve 'gritos terríveis', diz PM

No julgamento de 25 acusados, soldado afirmou ainda ter recebido ordens para retirar mesa manchada de sangue

DIANA BRITO DO RIO

O soldado da PM do Rio Alan Jardim, que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha no dia em que o ajudante de pedreiro Amarildo Souza, 43, desapareceu, disse que ouviu "gritos enlouquecedores" nos arredores da UPP naquela data.

"Eram gritos terríveis. Isso durou 40 minutos", disse, referindo-se à noite de 14 de julho do ano passado.

Jardim foi ouvido ontem como testemunha de acusação no julgamento dos 25 policiais acusados do desaparecimento e morte presumida de Amarildo. Não há data para o fim do julgamento.

O soldado contou ter ouvido barulho de água, "como se estivessem acordando a pessoa". Em seguida, ouviu várias pessoas falando ao mesmo tempo, gritando "deu merda, deu merda".

Nesse momento, disse ter recebido uma ordem para pegar a capa de uma moto e ouviu barulho de fita crepe sendo desenrolada. Disse também ter visto cinco pessoas se dirigindo para a mata, mas em nenhum momento viu Amarildo.

No dia seguinte, recebeu ordens para limpar a capa da moto e retirar uma mesa branca manchada de sangue. Viu ainda sinais de sangue em um balde e no chão.

Dos 25 réus, todos policiais militares, 13 estão presos e respondem à acusação de tortura mediante sequestro com morte e ocultação de cadáver. Doze estão em liberdade e são acusados de omissão e formação de quadrilha.

NOVA UPP

O governo do Rio inicia hoje a instalação da UPP de Vila Kennedy, zona oeste, em meio a problemas em unidades já instaladas. Para o governo, manifestações e ataques ocorridos em duas UPPs, em 24 horas, são "fatos isolados".

No Alemão, zona norte, houve uma manifestação após a prisão de suspeitos de envolvimento na morte de um PM. No morro da Coroa, centro, o comércio fechou após a morte de dois homens que trocaram tiros com PMs.


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