Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Heitor Panzeri (1937-2014)

De aluno a professor sênior da USP Ribeirão

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A vida acadêmica o atraiu logo nos primeiros anos de profissão. Heitor Panzeri se formou em 1960 na Faculdade de Odontologia e Farmácia de Ribeirão Preto, da USP, e, dois anos depois, foi convidado a integrar o corpo docente da instituição.

Por 58 anos a USP foi a casa de Panzeri, primeiro diretor da Faculdade de Odontologia depois que esta se separou do curso de farmácia.

Exerceu o cargo de 1983 a 1987 e enfrentou a crise financeira vivida pela faculdade, que teve que dividir seu patrimônio após a separação.

Na gestão, ia toda semana a São Paulo fazer contatos na reitoria e tentar captar recursos para a faculdade.

Nem mesmo a aposentadoria compulsória aos 70 anos o afastou da faculdade. Dizia que "estavam mandando-o embora", mas foi promovido a professor sênior e seguiu lecionando na pós-graduação.

A família simples de Pontal --pai serralheiro e mãe, dona de casa-- o incentivou a ir para Ribeirão estudar. A dificuldade financeira o ajudou a desenvolver o espírito empreendedor que o destacaria na vida acadêmica.

Panzeri era titular da disciplina de materiais dentários --ministrada hoje pela filha Fernanda Carvalho Panzeri Pires de Souza--, área na qual registrou três patentes.

Uma de suas principais pesquisas resultou na elaboração, em parceria, do material chamado biosilicato. A substância é usada por dentistas de todo o mundo.

Dedicava-se ainda a trabalhos sociais. Nos anos 80, trabalhou num orfanato e depois fundou a Casa da Saudade em Ribeirão, para dar assistência a crianças carentes.

Morreu na quarta-feira (12) aos 76 anos, devido a insuficiência cardíaca. Deixa mulher, três filhas e três netos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página