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Moradores jogam rojões em PMs durante protesto
DO RIOPelo segundo dia consecutivo, moradores da favela da Congonha, onde vivia a auxiliar de serviços gerais Cláudia Ferreira, fecharam a av. Edgar Romero em protesto. A via é uma das principais de Madureira, zona norte do Rio.
A partir das 14h, logo após o enterro de Cláudia, um grupo de cerca de cem pessoas se concentrou na rua Leopoldino de Oliveira, transversal da avenida Edgar Romero.
Perto da esquina das duas ruas, eles queimaram pedaços de madeira, móveis, pneus, sacos cheios de lixo e outros objetos.
Uma nuvem negra de fumaça tomou a área. Algumas pessoas cobriam a boca e o nariz com pedaços de pano para se proteger da fumaça.
Para evitar que carros fossem atingidos, os cerca de 40 policiais militares que acompanhavam o ato desviaram o trânsito.
Os manifestantes fizeram, então, um abraço coletivo e rezaram um Pai Nosso em homenagem a Cláudia. Logo em seguida, começaram a chamar os policiais de "assassinos".
Alguns manifestantes chegaram a lançar fogos de artifício em direção aos PMs. Os policiais não reagiram. A via só foi liberada por volta das 18h.
Foi a terceira manifestação de moradores desde a morte de Cláudia.
FOGO EM ÔNIBUS
No domingo, pouco depois de ela ter sido arrastada pendurada no porta-malas do carro dos policiais que a levaram para o hospital, os moradores fecharam a mesma avenida.
Mais tarde, em protesto mais violento, incendiaram dois ônibus.