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Crianças e Sayão 'puxam orelha' de pais

Leitores da 'Folhinha' conversam com a psicóloga em evento que marca sua estreia como colunista do caderno

Meninos e meninas pegam o microfone para falar do relacionamento em casa; pais também tiram as suas dúvidas

DE SÃO PAULO

"É comum existirem mães superprotetoras, que tratam filhos de 12 anos como se tivessem seis?" Ao lado da mãe, Marcus Vinícius, 12, pegou o microfone para fazer essa pergunta a Rosely Sayão, na "Roda da Folhinha".

"É muito comum. Não importa se o filho tem 12, 22 ou 32 anos, os pais sempre pensam que são crianças. A sorte é que o filho sabe que já não tem mais seis anos", respondeu a psicóloga.

O encontro entre Rosely e leitores foi no MAM (parque Ibirapuera), no sábado, quando ela estreou a coluna Quebra-Cabeça na "Folhinha". Além de Marcus, outras crianças perguntaram sobre a relação com os pais.

"Minha mãe sempre pede para eu parar de jogar videogame. Diz para eu ler, estudar e brincar. Mas faço tudo isso, sei dividir bem meu tempo. O que faço com ela?", questionou Gabriel, 10.

Para a psicóloga, a solução é o diálogo. "A criança sempre sabe o que quer, mas isso não quer dizer que você tenha 100% da razão", disse ao garoto. "Para resolver isso, é preciso conversar com sua mãe e mostrar que você divide bem seu tempo."

CHATOS E CARETAS

Os pais também tiveram vez. Roberto, que estava com os filhos, de oito e 10 anos, falou sobre a dificuldade de impor regras à eles, porque muitas vezes proíbe o que pais de colegas liberam. "Como não ser o pai chato?", perguntou à psicóloga, que lhe respondeu que o papel dos pais muitas vezes é ser "chato e careta". "Vale a pena".

O bate-papo também teve outros temas. "O celular atrapalha as amizades?", quis saber Bruno, 12. "Não atrapalha, mas não pode substituir o contato pessoal, a conversa olho no olho. Se isso ocorrer, pode atrapalhar, sim."

O evento e a coluna Quebra-Cabeça marcam o lançamento da "Folhinha" no Facebook, em versão dirigida a pais e professores (a rede social veta menores de 13 anos). Rosely receberá dúvidas e comentários de leitores pelo e-mail folhinha@uol.com.br.

ARMANDINHO

Além da psicóloga, esteve no palco da "Roda da Folhinha" o cartunista Alexandre Beck. Ele é criador de Armandinho, garoto esperto e curioso, protagonista de quadrinhos que já conquistaram mais de 470 mil seguidores no Facebook.

Desde sábado, o personagem ilustra a coluna Quebra-Cabeça, da "Folhinha".

Ao lado de Rosely Sayão, o cartunista também tirou dúvidas de crianças, das mais variadas.

"Por que ele tem um sapo como bicho de estimação?", perguntou Guilherme, 8. Já Marina, 8, aproveitou o encontro para perguntar sobre sua carreira. "É uma boa ideia ser artista?"

Quando perguntaram por que não aparece o rosto dos pais de Armandinho, a psicóloga pediu para comentar. "Não aparecer o rosto é ótimo porque mostra o ponto de vista da criança, como ela enxerga o mundo."

"É bom ouvir essa interpretação, porque me ajuda a entender meu trabalho", disse Beck. "Mas, na verdade, foi por acaso. Tinha pouco tempo para fazer as tiras, então fiz só as pernas."


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