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PM diz que moradores dificultaram socorro

Policial afirma que mulher foi colocada em porta-malas porque veículo estava cercado

DO RIO

Em depoimento no domingo, logo após a morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, o subtenente Rodney Miguel Archanjo disse que ela foi colocada no porta-malas, contrariando as regras da Polícia Militar, porque não foi possível abrir as portas do veículo, que foi cercado por moradores.

Baleada, Cláudia foi levada no porta-malas do carro de polícia para um hospital e arrastada por cerca de 250 metros, depois de cair e ficar presa ao veículo pela roupa.

Ainda de acordo com Archanjo, ele e os outros dois policiais presos após a ação estavam na parte de baixo do morro da Congonha, onde ocorria uma operação da PM.

Em determinado momento, eles foram informados de que duas pessoas haviam sido baleadas --Cláudia e um suposto traficante.

O criminoso ainda não foi identificado e, segundo o subtenente, não foi socorrido por já estar morto.

Ainda segundo o depoimento, uma enfermeira do hospital verificou os sinais vitais de Cláudia e disse que ela aparentava estar viva.

A vítima foi então encaminhada para o CTI (Centro de Terapia Intensiva).

DESCULPAS

Em reunião com parentes de Cláudia, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pediu desculpas pelas falhas no socorro pela PM e garantiu que os familiares serão indenizados e receberão auxílio jurídico e psicológico.

Além de 11 pessoas da família, incluindo os quatro filhos de Cláudia e os quatro sobrinhos que ela criava, participaram do encontro os secretários estaduais de Assistência Social e Direitos Humanos e da Casa Civil.

"O governador pediu desculpas pela truculência e imprudência da polícia na ação. Eu acredito nas desculpas, mas quero que os PMs envolvidos sejam punidos", disse Alexandre Fernandes, marido da vítima.

Familiares reclamaram com o governador sobre a forma como a polícia entra nas comunidades. Também disseram que Cláudia já teria caído do porta-malas em uma das vias de acesso ao morro --antes, portanto, da cena flagrada em vídeo.

O governo ofereceu inclusão no sistema de proteção à testemunha, além de benefícios como o bolsa-família local. Por enquanto, a família não irá entrar no sistema de proteção, mas negocia uma indenização do Estado.


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