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Dois são detidos sob suspeita de abuso sexual no metrô

Uma vítima diz ter sido agarrada e a outra teve as partes íntimas filmadas; suspeitos foram ouvidos e liberados

Crimes ocorreram na estação Sé; "olhei para trás e ele deu um sorrisinho", contou vendedora atacada

FERNANDA PEREIRA NEVES DE SÃO PAULO

Dois homens foram detidos, ontem, sob suspeita de abusar de passageiras na estação Sé do metrô, em São Paulo. Os crimes ocorreram durante o período de maior movimento da manhã.

Uma vendedora de 33 anos, que pediu para não ser identificada, contou que foi agarrada duas vezes por um técnico de informática de 26 anos ao descer do vagão lotado.

"Senti ele passando a mão na parte de dentro da minha coxa. Olhei para trás, ele deu um sorrisinho e depois fez de novo. Desci e comecei a gritar", contou. "Ele apertou o passo. Eu fui atrás e apontei, procurando um segurança."

O rapaz foi detido por seguranças do Metrô e encaminhado para a Delpom (delegacia do Metrô), na estação Barra, onde negou o abuso.

O outro caso ocorreu quando uma auxiliar administrativa de 25 anos subia uma escada rolante da estação.

Ela foi abordada por um segurança, que flagrou um homem usando o celular para fazer imagens das partes íntimas dela sob sua saia.

"Eu nem tinha percebido que tinha alguém me filmando. Só soube quando o segurança me chamou. Foi muito constrangedor", contou a mulher, que também pediu para não ter o nome divulgado.

No celular do rapaz, um engenheiro elétrico, havia imagens da jovem e de outra mulher --ainda não identificada-- filmada da mesma maneira dentro de um vagão.

Questionado, ele disse: "Faço para mim mesmo. É um distúrbio da minha cabeça".

Os dois detidos assinaram termos circunstanciados (registro de crime leve) e foram soltos --nenhum deles apresentou advogado.

Posteriormente, eles deverão ser chamados por um juiz e poderão ser encaminhados para trabalhos voluntários.

Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, 17 suspeitos de crimes semelhantes foram detidos no último mês.

Apenas um foi indiciado por estupro, porque houve uso de violência. Na segunda passada, um estudante de administração torceu o braço de uma mulher e ejaculou na perna da vítima, na CPTM.


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