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Jacob Blecher (1924-2014)

Dentista adorado pelas crianças

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Ao caminhar pelas ruas da Vila Gerty, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, Jacob Blecher sempre ganhava pelo menos um "oi" da garotada que encontrava.

Como odontopediatra da prefeitura, acompanhou o crescimento de dezenas de crianças e ficou muito conhecido por sua preocupação com a saúde dos pequenos.

Filho mais velho de um casal de imigrantes judeus russos fugidos da Segunda Guerra, perdeu a mãe ainda jovem e teve de ajudar a criar os irmãos menores. Dividia-se entre o trabalho durante o dia e os estudos à noite. Para se formar em odontologia pela USP, deu aulas de ciências em vários colégios.

Diziam os médicos que, por causa dessa rotina atribulada, desenvolveu problemas pulmonares muito graves, como tuberculose, que o acompanharam durante toda a vida.

Certas vezes, precisou de repouso e mal se alimentava.

Ainda assim, nadou pela Universidade de São Paulo e fazia corridas diárias no clube Hebraica, ao lado do irmão Adolpho, seu maior companheiro após a viuvez.

Jacob perdeu Dora, sua esposa por mais de meio século, há cerca de 20 anos, depois de se mudar para São Paulo para curtir a aposentadoria. Tornou-se ainda mais recluso, característica que adquiriu com a morte da mãe.

Morreu na terça-feira (18), aos 89, vítima dos problemas pulmonares. Deixa três filhos, cinco netos e seis bisnetos.


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