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'Achei que era um boneco', diz comerciante sobre corpo

Trabalhador avisou a polícia sobre saco com cadáver esquartejado em SP

Câmera gravou possível suspeito andando com um carrinho de feira na região de Higienópolis, mas imagem é ruim

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO JOSMAR JOZINO DO "AGORA"

O comerciante Antonio Gonçalves Junior, 50, diz não ter acreditado quando um morador de rua o procurou para avisar de um corpo esquartejado na rua Sabará, em Higienópolis, na região central da capital paulista.

"Achei que era um boneco, um brinquedo cortado", contou à Folha. "Nunca imaginei achar um corpo humano no centro de São Paulo."

Eram por volta de 8h15 do domingo, quando Gonçalves abria a sua mercearia. "Ele [morador de rua] abriu o saco. Quando eu vi, assim, um braço de carne, falei: Não mexe mais'", afirma.

Segundo o comerciante, ele parou um carro da polícia e informou sobre o fato. Logo, viu começar uma caçada por pedaços de corpos.

Depois de braços (sem as pontas dos dedos) e pernas, uma gari achou o tronco em um carrinho de feira. Em seguida, a polícia localizou a coxa da vítima --pela estrutura óssea, um homem.

Faltam ainda ser encontrados a cabeça e as pontas dos dedos, que possibilitariam a identificação da vítima, além dos órgãos genitais.

Ontem, policiais continuaram as buscas pelo bairro e alertaram garis e lixeiros para ajudar na procura. "Está todo mundo apavorado com isso", afirma Gonçalves.

PISTA

Ainda ontem, a principal pista do DHPP (departamento de homicídios da Polícia Civil) era uma imagem pouco nítida de uma câmera da Guarda Civil Metropolitana.

A gravação mostra um homem vestindo blusa preta e bermuda acinzentada que sobe a rua Sergipe, fora da calçada, com um carrinho de feira parecido com o encontrado com o corpo.

A câmera foca na pessoa por apenas quatro segundos, às 7h44 do último domingo. No entanto, não é possível identificar o rosto dela.

O equipamento estava no módulo automático e, em seguida, virou para a rua onde foi achada a primeira parte do cadáver.

O carrinho de feira com o tronco foi encontrado a 450 metros dali, na rua Coronel José Eusébio.

O cadáver foi encaminhado para um departamento do IML (Instituto Médico Legal) responsável por descobrir o sexo, a idade e a altura aproximada da vítima.

Os dados vão servir para que seja feito um cruzamento com o banco de pessoas desaparecidas do Estado.

Até o momento, de acordo com a polícia, ninguém apareceu para solicitar informações sobre desaparecidos que pudessem ser a vítima.


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