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Plano reduz áreas próximas a transporte onde haverá incentivo à moradia

DE SÃO PAULO

O Plano Diretor apresentado ontem na Câmara Municipal diminuiu o território da cidade a ser adensado --ou seja, áreas em que se quer incentivar as moradias.

O texto, do relator Nabil Bonduki (PT), alterou as características geográficas dos corredores de transporte sobre trilhos e pneus, onde será possível construir mais.

Na prática, o novo desenho pretende empurrar edifícios com mais apartamentos (ou seja, mais adensados) para os arredores das estações de trem e de metrô.

Todo terreno inserido num raio de 600 metros da entrada das estações estará sujeito a receber um prédio assim.

A redução ocorreu porque antes havia também uma faixa territorial de 200 metros de cada lado ao longo das linhas do metrô para adensamento. No texto que está na Câmara e deverá ser votado em duas semanas, a proposta sumiu.

O Plano Diretor, conjunto de normas que orienta a expansão da cidade nos 20 anos, prevê ainda uma faixa de 300 metros, de cada lado dos corredores de ônibus, que poderá ser ocupada por imóveis com mais adensamento de população.

O setor imobiliário reagiu com pessimismo às mudanças. "Precisamos fazer uma análise agora. A mudança pode desequilibrar muito o mercado e criar uma dificuldade grande", diz Cláudio Bernardes, presidente do Secovi (sindicato do setor).

Uma das consequências, segundo Bernardes, seria o aumento no preço dos imóveis --justamente o que a prefeitura não quer para atrair mais gente para determinadas áreas da cidade.

Pelo novo plano, os prédios construídos nas áreas sujeitas a um maior adensamento terão que respeitar um tamanho médio de 80 m² por apartamento projetado, com uma vaga na garagem.

Segundo Bonduki, caberá ao construtor garantir esse tamanho médio.

As dimensões dos apartamentos poderão ser maiores e terem, por exemplo, 120 m².

Mas, no mesmo projeto, diz Bonduki, a lei determina que existam outras unidades de tamanhos menores.

Apesar de o plano permitir prédios adensados e altos ao longo dos eixos de transporte público, existem algumas restrições a essa medida.

A regra muda se os corredores viários previstos pela prefeitura passarem por áreas exclusivamente residenciais ou de patrimônio cultural e ambiental. Nesses casos, valem as restrições que estão vigentes.


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