Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Manifestante isola PM de 'black bloc' e ato anti-Copa acaba pacífico

Quarto protesto contra o Mundial em SP terminou sem registro de violência ou de vandalismo

Grupo organizou 'cordão humano' para impedir confronto na passeata, que, segundo a PM, teve mil pessoas

FELIPE SOUZA GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

O quarto protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo, ontem à noite, acabou pacificamente em razão do grande policiamento, a exemplo de atos anteriores, e de uma tática dos manifestantes.

A estratégia consistiu em isolar a Polícia Militar dos "black blocs", mascarados que defendem a depredação do patrimônio público e privado como forma de protesto.

Para fazer isso, um grupo de manifestantes se colocou entre os policiais e os "black blocs" --ambos já haviam se enfrentado em outros atos.

A investigação policial, que identificou mascarados e repreendeu a participação deles em outros protestos, também inibiu a violência. Os manifestantes estavam mais comedidos ontem.

"Mostramos que nada [de violência] começa pela gente. Nos organizamos para evitar qualquer problema porque a confusão só começa quando a PM reprime", disse Vitor Araújo, 20, o Vitinho, um dos organizadores do ato.

Cerca de 3.000 pessoas participaram do protesto contra a Copa, segundo a organização; para a PM, foram mil manifestantes.

O ato durou quase quatro horas. Teve início às 19h e terminou às 22h50. Começou contra a realização da Copa e a violência policial e acabou com críticas ao regime militar --relembrando os 50 anos do Golpe de 1964.

A Polícia Militar colocou mil homens para acompanhar a manifestação, que começou na avenida Paulista, passou pela Brigadeiro Luís Antônio, chegou à Câmara, no viaduto Jacareí, e acabou na praça da República.

Alguns lojistas fecharam as portas com medo de depredações, que não ocorreram. O trânsito ficou fechado nas vias por onde passou. Em nenhum ponto houve vandalismo.

TUMULTO

Na dispersão, houve tensão quando manifestantes entraram na estação República do Metrô falando em fazer "rolezinho". Ali, ameaçaram pular as catracas, mas foram impedidos por PMs e seguranças. Houve aglomeração, mas sem confrontos.

"O fato de não haver um trajeto definido nem uma liderança dificultou. Mas não chegou ao nosso conhecimento nenhum tipo de ocorrência nem apreensão [de bombas caseiras e objetos para quebrar vidros]", afirmou o tenente-coronel Marcelo Pignatari.

O próximo protesto está marcado para o dia 15 de abril, no vão-livre do Masp.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página