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São Paulo terá 40% mais radares para fiscalização a partir de abril

Novo contrato prevê equipamentos em pontes, polêmicos por não serem facilmente vistos

Após recorde de multas, novos aparelhos serão instalados pela gestão Fernando Haddad (PT) no prazo de até um ano

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Após recorde no número de multas de trânsito, São Paulo terá um aumento de 40% na quantidade de radares na cidade a partir de abril.

O número de equipamentos vai passar de 601 para 843. A instalação dos novos aparelhos começa no mês que vem e pode levar até um ano, mas a intenção da gestão Fernando Haddad (PT) é concluir o trabalho antes.

Aparelhos antigos serão aposentados e no lugar deles serão instalados radares mais modernos, capazes de ler placas e fiscalizar diversos tipos de infração de uma vez.

Quatro consórcios venceram licitação para manter os equipamentos por cinco anos, ao custo de R$ 529,7 milhões --em média, cada um custará R$ 10,5 mil por mês.

No ano passado a prefeitura arrecadou R$ 850,5 milhões com multas. A estimativa é que o valor chegue a R$ 1,2 bilhão neste ano.

Os endereços onde ficarão os novos radares não foram divulgados, mas a prioridade será de vias com faixas de ônibus e avenidas da periferia que hoje não têm fiscalização eletrônica --o objetivo é aumentar a segurança.

Os novos aparelhos também devem ser usados na fiscalização dos 371 km de vias incluídas na ampliação do rodízio. Ontem, o secretário Jilmar Tatto (Transportes) informou que não há data para o início da restrição. A previsão inicial era para abril.

PONTES

Entre as novidades da contratação estão radares instalados em pontes e viadutos.

Polêmicos, esses aparelhos levaram o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) a proibir, em 2011, radares que não ficam à vista do motorista.

Na ocasião, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) teve que mudar aparelhos.

A companhia diz que o objetivo deste tipo de instalação é melhorar a fiscalização, principalmente de motocicletas, em vias como as marginais Tietê e Pinheiros --campeãs em mortes no trânsito.

Tadeu Leite Duarte, diretor de planejamento da CET, diz que hoje há dificuldade na fiscalização de motos nas marginais, pois as imagens dos radares instalados em postes saem com sombras.

Para ele, os viadutos são melhores. "Ele consegue pegar o veículo pela informação correta, principalmente as motos, que a gente só consegue pegar por trás."

Duarte afirma que a CET só vai instalar os aparelhos com a autorização do Contran e nega intenção de surpreender infratores com a ocultação dos radares, pois haverá placas de sinalização.

O Contran diz não ter recebido consulta formal da CET.


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