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Avião com 49 a bordo pousou de barriga
Ninguém ficou ferido; os 44 passageiros e 5 tripulantes foram retirados da aeronave por escorregadeiras infláveis
Piloto fez aterrissagem de emergência em Brasília depois que o trem de pouso dianteiro não funcionou
Uma aeronave da Avianca fez um pouso de emergência no final da tarde de ontem no aeroporto de Brasília.
O avião, um Fokker-100, pousou de barriga na pista porque o trem de pouso dianteiro não abriu; entre as possibilidades estão falha hidráulica, elétrica ou mecânica.
Havia 44 passageiros e 5 tripulantes a bordo do Fokker, que tem capacidade para 100 pessoas. A aeronave fazia o voo O6 6393, que havia saído de Petrolina (PE).
Os passageiros foram retirados por escorregadeiras infláveis acionadas nas duas portas dianteiras do avião.
Ninguém se feriu, segundo a Avianca e a concessionária Inframérica, que administra o aeroporto de Brasília.
O copiloto, com dores na coluna, foi atendido em um hospital da capital federal.
Antes do pouso forçado, o piloto foi obrigado a gastar combustível do avião, para a aeronave aterrissar de maneira mais leve e reduzir a velocidade do pouso e o risco de explosão. Para tal, voou sobre Brasília por 50 minutos.
Antes, o piloto havia declarado emergência, o que fez o Corpo de Bombeiros ficar de prontidão e a despejar espuma sobre a pista --um modo de reduzir o atrito do avião com o solo.
De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), o piloto informou o problema à torre às 17h05 e pousou às 17h55.
A FAB considera que, diante da emergência, o pouso foi bem sucedido. Ao aterrissar, o avião tocou o solo primeiro com o trem traseiro.
Em casos assim, a manobra consiste em retardar o máximo o toque da parte dianteira do avião com o solo. A pista onde o avião pousou --há duas no aeroporto-- reabriu às 21h04.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) irá apurar o acidente. O órgão deverá produzir relatório, sem prazo para conclusão. O documento resulta em recomendações de segurança.
Em nota, a Avianca disse que o pouso foi seguro e que os passageiros foram levados até o terminal do aeroporto.
O Fokker-100 acidentado, prefixo PR-OAF, fez o primeiro voo em 1992 e está na Avianca desde 2006.
A empresa batizou seus Fokker-100 de MK-28 para fugir do estigma que essa aeronave tem no país. Em 1996, um Fokker-100 da TAM caiu logo depois de decolar em Congonhas; todos os 96 ocupantes morreram na ocasião.
Antes do acidente, um ATR-72 da Avianca Colômbia, só com tripulantes, pediu, às 15h46, pouso de emergência em Fortaleza por problema em um motor --a aterrissagem ocorreu normalmente. A empresa é dos mesmos donos da Avianca brasileira.