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Foco

Mulheres mostram corpo em ato contra machismo

Protesto foi feito após dado de pesquisa associar roupa a estupro

DE SÃO PAULO

Um grupo de mulheres participou ontem de um protesto virtual contra o machismo no país. Elas publicaram no Facebook fotos sem roupa, da cintura para cima, com cartazes cobrindo os seios e frases como "Eu também não mereço ser estuprada".

O ato foi criado após uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontar que 65% dos brasileiros concordam que "mulher que mostra o corpo merece ser atacada".

A maioria (58,5%) também diz acreditar que, "se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros".

Os dados, divulgados anteontem, foram obtidos em entrevistas com 3.810 pessoas de ambos os sexos entre maio e junho do ano passado.

"Quando soube, fiquei com vontade de sair pelada na rua, gritando: Eu não mereço ser estuprada'", diz Nana Queiroz, 28, escritora e organizadora do protesto on-line.

Foi dela a ideia de usar a frase no protesto na internet. Conversou com amigas e publicou o evento no Facebook.

A publicação ganhou repercussão: até a noite de ontem, o ato tinha 13 mil confirmações, mas não era possível saber quantas publicaram fotos.

Um site (naomerecoserestuprada.tumblr.com) foi criado para publicar as imagens. Nana diz que passou a receber ameaças pela internet.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff (PT) comentou os dados divulgados por meio de sua conta no Twitter. "[A pesquisa] Mostrou que a sociedade brasileira ainda tem muito o que avançar no combate à violência contra a mulher", disse.


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