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Kunikatsu Toda (1945-2014)

Apreciava feijoada e churrasco

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

O filho de japoneses Kunikatsu Toda não era muito fã da comida de seus ascendentes. Se tinha, não rejeitava, mas não saía por aí pedindo por sushi. O que não dispensava, de jeito nenhum, era feijoada e um belo churrasco.

Aprendeu as técnicas para assar a carne, e sua casa contava com uma churrasqueira, das grandes, conta a família.

Nem proibido pelos médicos deixou de comer pratos gordurosos. Sofreu infartos, passou por cirurgia para desentupir artérias e até tirou a vesícula. Nada disso, porém, mudou seus hábitos.

"Ele dizia que, se não pudesse comer o que gostava, não adiantava viver", afirma o filho mais velho, Wagner.

Kunikatsu fez carreira na Prefeitura de São Paulo. Começou como técnico em contabilidade, virou contador e chegou a direção no Instituto de Previdência Municipal.

Durante a gestão de Jânio Quadros, ficou conhecido como dr. Toda, porque "pronunciar o nome do japonês era brabo", dizia o político.

Houve colegas que até passaram a chamá-lo de Francisco por causa do nome incomum para os brasileiros.

Malufista e entusiasta da política, acabou se desiludindo com os governantes. Nos últimos anos, não gostava nem de tocar no assunto.

Na aposentadoria, adorava ouvir o programa de Gil Gomes na Rádio Iguatemi.

Morreu no sábado (22), aos 68 anos, de complicações de uma pancreatite aguda. Deixa a viúva, Eliza, também descendente de japoneses e que ele conheceu no bairro da Liberdade, em São Paulo, os filhos, Wagner, Willian, Márcia e Marisa, e dois netos.


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