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Suposta 'convenção do crime' acaba com 50 presos

Grupo estava reunido em ginásio de esportes de Álvares Machado, no interior

Há suspeitas de que facção criminosa estava recrutando pessoas; após prisões, dois carros da PM foram queimados

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

Cinquenta pessoas foram detidas no sábado à noite em um ginásio de esportes em Álvares Machado (a 567 km de São Paulo), suspeitas de estarem participando de uma reunião com integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo a Folha apurou, a polícia suspeita que a reunião era para recrutar pessoas da região para o crime. O caso foi registrado na delegacia central de Álvares Machado, para onde os detidos foram levados em um ônibus.

Treze deles eram menores de idade e 37, adultos. Os adultos foram levados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá, na região. Os menores foram liberados para os responsáveis.

De acordo com a polícia, a PM chegou ao ginásio, no parque dos Pinheiros, após receber uma série de denúncias anônimas de que membros de uma facção criminosa estavam reunidos no local.

Os policiais teriam parado a duas quadras do ginásio e avistado dois adolescentes que tomavam conta do portão de entrada.

De acordo com a polícia, os dois foram apreendidos e os policiais passaram a escutar o que acontecia na reunião.

Horas após as detenções, dois carros da Polícia Militar foram incendiados dentro da companhia da corporação. A polícia suspeita que a ação tenha sido uma represália.

Segundo o boletim de ocorrência, assinado por quatro delegados da cidade, um dos homens presos, suspeito de ser um dos líderes do grupo, disse que havia chamado "a família para uma palestra".

O suspeito estaria dando coordenadas sobre crimes para os demais que assistiam à palestra no ginásio.

Procurada ontem à noite, a Secretaria de Segurança Pública não conseguiu localizar policiais da região de Álvares Machado para comentar as 50 prisões de sábado.

O município, de cerca de 24,5 mil habitantes, fica na região de Presidente Prudente, no oeste do Estado.

Na região estão os municípios de Presidente Venceslau e Presidente Bernardes, onde ficam unidades prisionais que abrigam presos apontados como chefes do PCC, como Marco Camacho, o Marcola.

Preso na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, considerada uma das mais seguras do Estado, Marcola foi transferido neste mês, por determinação da Justiça, para o RDD (regime disciplinar diferenciado), que prevê 22 horas por dia de isolamento.

A pena em RDD é cumprida em Presidente Bernardes.

Na ocasião da transferência de Marcola, a cúpula da Polícia Civil emitiu um alerta para que todos os policiais redobrassem a atenção.


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