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Liberação do campus da USP Leste segue indefinida

Serviços necessários para regularizar o terreno dependem de licitações

Espaço na Unicid está garantido só até o meio do ano; está em curso a contratação de empresa para extrair gás metano

DE SÃO PAULO

Ainda não há qualquer perspectiva para a liberação do campus da USP Leste. A avaliação é dos próprios dirigentes da escola.

A reportagem conversou ontem com dois professores com cargos de chefia na unidade. Reservadamente, ambos disseram que a escola e a reitoria vêm tomando medidas para cumprir as exigências da Cetesb, mas que o processo não está completo.

Entre as exigências colocadas pela companhia e pela Justiça, ao menos duas estão mais difíceis.

Para o sistema de extração do gás metano, está em curso um processo de contratação de empresa para alugar os equipamentos.

Caso o mecanismo tenha sucesso, ele poderá ser comprado posteriormente.

Para o outro problema citado pela Cetesb --nova leva de terra contaminada levada ao campus, em 2011--, ainda está em estudo a melhor forma de tratar o material.

"Os mais otimistas acham que voltaremos à EACH [nome oficial da escola] até julho. Os pessimistas, que só ano que vem", disse o coordenador de um dos cursos.

Para a contratação dos serviços necessários para a regularização da situação, a escola precisa passar por todos os ritos das licitações, ainda que a situação seja extrema, com a interdição do campus.

Houve tentativa de fazer contratações de modo emergencial e mais rápido, mas o Tribunal de Contas vetou, afirma um professor, sob o argumento de que os problemas eram conhecidos há anos.

Um agravante para a situação provisória é que a Unicid, um dos locais que recebe os alunos da USP Leste, não deverá ter mais espaço disponível depois do meio do ano, pois passará a oferecer vagas de cursos técnicos, via Pronatec (programa federal).

Desde o mês passado a Folha questiona a reitoria sobre os termos do contrato com a Unicid (como valor e período), mas não obteve resposta até o momento.

O atual reitor, Marco Antonio Zago, já afirmou que, ainda que a USP esteja em momento de contenção de despesas, não faltarão recursos para regularizar a situação da unidade da zona leste.

"Tenham a certeza de que seguiremos trabalhando para garantir o retorno de todos, o mais breve possível, ao nosso campus que, estamos certos, transformaremos em um exemplo de ocupação responsável de um território urbano com problemas ambientais", disse em carta à escola.

"Lamento profundamente que o ano letivo de 2014 dos alunos da USP Leste esteja começando somente agora e, principalmente, fora do campus da USP", afirmou também o reitor.

O ex-reitor Adolpho Melfi, que concebeu e inaugurou a unidade, defendeu ontem o projeto do campus.

"No vestibular da USP, era constatada uma percentagem insignificante de jovens moradores da zona leste que prestava vestibular, que em parte era justificado pela dificuldade de locomoção para a zona oeste [onde está a Cidade Universitária] e pelo custo desse deslocamento", disse.


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