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Cotidiano

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Ilustrada - em cima da hora/SPFW

Moda perde o glamour para investir no varejo

Semana atrai menos gente e termina sem apresentar imagens ou ideias de impacto

Reinaldo Lourenço criou coleção inspirada no estilo inglês; Ellus vestiu ator global e top transsexual com jeans jeans

PEDRO DINIZ COLUNISTA DA FOLHA

A edição de verão 2015 da São Paulo Fashion Week, a mais importante para a indústria nacional, terminou com saldo negativo de glamour. Em compensação, estilistas mostraram roupas boas e ênfase no varejo.

Ontem, no parque Candido Portinari, teve até princípio de incêndio. Uma bituca acesa caiu no duto do ar-condicionado causando um curto-circuito, logo controlado.

Mas quem incendiou mesmo foi o global Cauã Reymond, que abriu e fechou o desfile da Ellus ao lado da modelo transsexual Lea T e da bateria da Vai-Vai.

A grife fez o melhor jeanswear da temporada, com vestidos curtos que levaram detalhes de couro com textura de crocodilo e jacquard de ráfia e de seda.

As saias quase transparentes tinham estampas gráficas.

As bandeiras dos Estados brasileiros serviram de padrão geométrico para a alfaiataria simples, mas urbana.

A tendência de colocar mais esforço na roupa e menos no frisson foi exemplificada por Wagner Kallieno.

O potiguar estreou na SPFW com uma coleção inspirada no sol nordestino. A base de tudo era o brilho do ouro, bordado em vestidos com fendas, feitos em renda, seda e camurça.

INGLATERRA E AXÉ

Reinaldo Lourenço apresentou sua coleção no Teatro Faap, onde foram montados totens em azul, branco e vermelho. São cores da bandeira da Inglaterra, onde buscou suas padronagens.

Bordados ingleses, seda metalizada, gabardine e cetim foram os tecidos usados nos vestidos de cintura marcada e na alfaiataria.

Já a Amapô botou o povão fashion para dançar ao som de grupos de axé.

A coleção que remete ao Havaí mostrou maiôs por dentro de calças de cintura alta e estampas florais.

A semana refletiu um movimento da indústria de restringir o acesso aos desfiles. Menos clientes são convidados pelas marcas, menos gente tem paciência para enfrentar o trânsito até o evento. Menos, aqui, pode não ser mais.


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