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Herchcovitch põe apenas negros na sua passarela
DO COLUNISTA DA FOLHAO estilista Alexandre Herchcovitch buscou em uma religião africana que mistura tradições do povo zulu e do cristianismo a base para a sua coleção masculina, que teve a saia como peça-chave.
O casting era formado só por modelos negros. Desfilaram roupas de couro, tyvek (tecido antitérmico à prova de fogo), jeans e malha.
Elementos esportivos como calças dobradas na altura da canela e coletes contrastavam com a boa alfaiataria.
A cartela de cores ficou em vermelho, branco e preto.
Saias kilt escocesas foram sobrepostas a bermudas e estampadas com xadrez.
O linho bordado, típico de roupas usadas em celebrações cristãs, surgiu em camisas com costas aparentes.
Na coleção que parece ser a mais provocativa da temporada, Herchcovitch funde os guarda-roupas masculino e feminino. No imaginário coletivo, tão improvável quanto a mistura de crenças africana e europeia.
