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Monovan Rocha Pereira Gomes (1947-2014)

Fez do seu time sua família

JOSÉ MARQUES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aos nove minutos do segundo tempo, o atacante Josiel, do Inter de Santa Maria (RS), ajeitou a bola, tomou distância e cobrou o pênalti.

Perdeu. O clube ganhava de 1 x 0 do Santa Cruz-RS nas quartas de final da divisão de acesso do Campeonato Gaúcho. Cerca de dez minutos depois, o adversário empatou.

Logo depois do empate, o jogo teve que ser interrompido. No vestiário do estádio Presidente Vargas, o roupeiro do Inter, Monovan Rocha Pereira Gomes, havia sofrido um ataque cardíaco.

Uma ambulância entrou em campo e o levou para ser atendido no hospital. Mano, como era conhecido, morreu em uma unidade de saúde de Santa Maria, sua cidade natal, no último dia 27.

O roupeiro trabalhava no clube do interior há mais de 20 anos. "Era como se fosse uma família para ele. Era o primeiro a chegar e o último a sair", disse Rafael Aita, seu sobrinho. Mano nunca casou nem teve filhos.

Filho de uma família com doze irmãos, trabalhou em lojas antes de ser convidado para ser funcionário do seu time do coração.

Nas horas vagas, gostava de ir a festas, cantar e dançar. Seu traço mais marcante era a animação. O problema cardíaco foi inesperado. De acordo com a família, meses antes, Mano havia feito um "check up" que não apontou anormalidades na saúde.

Quando o jogo foi reiniciado, o Inter de Santa Maria marcou um gol e voltou a ficar à frente da disputa. Venceu por 2 x 1 e foi classificado para a semifinal.

Instantes depois do apito final, o médico atesta a morte de Mano.


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