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Preso, homem diz que recebeu R$ 30 para espalhar corpo

Polícia localizou suspeito que aparece em imagens em Higienópolis, onde foi encontrado cadáver esquartejado

Morador de rua disse ter deixado os pedaços perto de cemitério, mas negou ter transportado cabeça achada na Sé

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

A polícia prendeu ontem um suspeito de espalhar partes do corpo de um homem no centro de São Paulo.

De acordo com os policiais, ele disse ter recebido R$ 30 para despejar as partes na região de Higienópolis, mas afirmou não saber que se tratava de um cadáver.

João Eduardo Jerônimo, 29, morador de rua, foi detido por volta das 11h após ser parado em uma blitz, na rua João Passalaqua, região central.

Inicialmente, ele foi levado à delegacia para averiguação porque usava crack na rua. No 5º DP (Aclimação), ficou detido por ser procurado pela prática de roubo, usando uma faca.

Mais tarde, ele foi reconhecido por um investigador que tinha o retrato falado do suspeito -a imagem foi divulgada anteontem.

Investigadores disseram que o morador de rua relatou ter sido abordado por uma pessoa em um carro prata, que ofereceu dinheiro para levar pacotes pretos, no dia 23 de março. Na ocasião, segundo a versão do detido, ele estava sob efeito de crack.

"Ele admitiu que foi pedido para deixar os pacotes em locais diferentes", disse o delegado Carlos Eduardo Martins, titular do 5º DP.

Segundo o delegado, o homem disse que se lembrava que os pacotes eram pesados e bem amarrados.

Os fragmentos foram achados em três locais diferentes, nos arredores do Cemitério da Consolação. Em um dos pontos, foi localizado o tronco do cadáver dentro de um carrinho de feira azul.

Quatro dias depois, uma cabeça humana foi encontrada praça da Sé, no centro de São Paulo, a cerca de dois quilômetros e meio do cemitério. O homem nega ter deixado essa parte do corpo.

A polícia afirma já ter certeza de que o homem é o mesmo flagrado por câmeras de Higienópolis levando um carrinho de feira. Em um centro de convivência para moradores de rua, os policiais encontraram o chinelo e a bermuda que ele usava no dia em que foi flagrado por câmeras.

O suspeito disse aos policiais que só ontem descobriu ter carregado um corpo.

O delegado Itagiba Franco, do DHPP (departamento que investiga homicídios), afirmou que Jerônimo estava sob efeito de drogas e que será ouvido novamente.

No último final de semana, exames comprovaram que a cabeça e as partes encontradas pertenciam ao mesmo corpo. Ainda não foram localizadas a região da bacia, com os órgãos genitais, e as pontas dos dedos, o que facilitaria a investigação, por causa das impressões digitais.

FAMÍLIA

Uma família já reconheceu o corpo como sendo de um homem que está desaparecido desde o mês passado.

A polícia, porém, ainda aguarda resultados dos exames de DNA para comprovar a identidade da vítima. O resultado deve ser divulgado em até 15 dias.

Familiares do desaparecido afirmaram à polícia que suspeitam que uma amante tenha contratado dois homens para esquartejar o corpo da vítima, por vingança.

Segundo a Folha apurou, exames feitos nas mãos mostram que o homem tentou se defender antes de morrer.


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