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Sem-teto ligados ao PT invadem 24 áreas

Ação em menos de 72 horas atinge prédios públicos e privados e é a maior do tipo já realizada, segundo movimento.

Grupos pressionam Haddad, Alckmin e Dilma para agilizar unidades habitacionais para baixa renda em SP

DE SÃO PAULO

Em menos de 72 horas, sem-teto fizeram uma megainvasão de prédios e terrenos públicos e particulares em São Paulo, numa ação simultânea que os grupos dizem ser a maior desse tipo já feita na capital paulista.

Pelo menos 24 áreas foram invadidas entre a noite de sexta-feira e a madrugada de ontem, segundo três movimentos que promoveram as invasões --todos eles têm ligação com o PT, mesmo partido do prefeito Fernando Haddad.

O coordenador estadual da CMP (Central de Movimentos Populares), Raimundo Bonfim, diz que a jornada reuniu de 4.000 a 5.000 pessoas.

O ato serviu para pressionar Haddad e os governos estadual, de Geraldo Alckmin (PSDB), e federal, de Dilma Rousseff (PT), para agilizar a entrega de unidades habitacionais para a baixa renda.

Até a noite de ontem, 20 das áreas, a maioria delas na região central, seguiam ocupadas, segundo os sem-teto.

Elas se somam a outras cerca de 90 invasões na cidade mapeadas pela prefeitura.

Entre as áreas invadidas no fim de semana estava um prédio que pertence à Folha. Horas depois, ele foi desocupado. Segundo o movimento, a invasão ali foi um engano. Eles dizem que os alvos são prédios públicos e privados vazios e com dívida de IPTU.

'PRESSÃO'

Desde o início de sua gestão, Haddad é pressionado por movimentos de moradia.

De janeiro de 2013 para cá, já atendeu a uma série de reivindicações dos movimentos.

Além de aumentar a previsão de habitações para pessoas com renda de 0 a 3 salários mínimos no Plano Diretor, o prefeito assinou pelo menos 81 decretos de interesse social (que reserva terrenos para construção de habitações populares).

"Não é uma ruptura [com Haddad]. Em qualquer governo é preciso pressão para andar", diz Bonfim, para quem os sem-teto têm "autonomia", apesar de serem ligados ao PT.

Os sem-teto, porém, são contra o fato de o prefeito ter colocado a Secretaria de Habitação sob o comando do PP, partido do ex-prefeito Paulo Maluf, que apoiou Haddad nas eleições de 2012.

O mesmo partido já controlou cargos nessa área nos governos de Alckmin e Dilma.

A megainvasão foi organizada pela CMP, Frente de Luta por Moradia (FLM) e União dos Movimentos de Moradia.

Os grupos de sem-teto também querem que o governo federal aumente de R$ 1.600 para R$ 2.000 o limite da renda familiar para a faixa que tem subsídios maiores da União nos projetos do Minha Casa, Minha Vida.

Ao governo do Estado, eles pedem parceria com entidades comunitárias.


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