Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Protesto no Cambuci fecha avenida pelo segundo dia

Manifestantes são contra a implantação de uma faixa exclusiva de ônibus na avenida Lins de Vasconcelos

CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

Um protesto contra a criação de uma faixa exclusiva de ônibus fechou ontem parcialmente a avenida Lins de Vasconcelos pelo segundo dia consecutivo. A manifestação reuniu comerciantes e moradores do Cambuci (zona sul), com participação de sindicalistas ligados à UGT (União Geral dos Trabalhadores).

A faixa foi inaugurada no começo da semana. Nas últimas semanas, ao menos outros dois protestos contra a faixa foram feitos na região.

Para os comerciantes, a faixa prejudica as vendas. Já os moradores dizem que a transferência do tráfego para a avenida Lacerda Franco poderá prejudicar a via que tem, segundo eles, problemas na galeria de águas pluviais.

"Só vai prejudicar. Não tem lugar pra estacionar. 70% dos meus clientes vêm de carro. Em um dia eu já senti a diferença no movimento", diz a podóloga Vânia Lima, 40, dona de uma clínica na Lins de Vasconcelos há oito anos.

Ela diz temer problemas na Lacerda Franco. "Tem um problema sério nas galerias. Vai afundar tudo se começar a passar mais carros."

Dono de uma lanchonete na região, Francisco Mesquita, 63, critica a falta de locais para descarregar mercadoria. "Meu movimento caiu 20% já em um dia. Agora também não tenho local para parar e descarregar minhas coisas."

A FAVOR

Já a advogada Lucimara Kawabata, 60, moradora há 12 anos da Lins de Vasconcelos, acredita que a faixa não vai afetar o comércio.

"Já tinha zona azul, vaga para idoso, deficiente. Já era difícil parar o carro aqui. Agora é questão de se adaptar."

A fisioterapeuta Luana Marques, 40, usuária frequente dos coletivos na região, também aprova a medida implantada.

"Sou totalmente a favor das faixas aqui. A rua é um centro comercial do bairro, ninguém vai deixar de comprar aqui porque não tem vaga para parar o carro."

O diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite, disse que a companhia está aberta ao diálogo.

"A faixa ainda está sendo implementada, cabe alterações e estamos abertos ao diálogo. Agora, não podemos deixar de organizar o tráfego na região e favorecer cerca de 40 pessoas que são contra."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página