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Militares são alvo de ataques na Maré

Em um dos episódios, mototaxista foi baleado no braço; clima é tenso na comunidade da zona norte do Rio

Governador diz que será necessário investir em educação e saúde por gerações para resolver o problema na região

DO RIO

Três dias depois da ocupação do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, pelo Exército, militares foram alvo de cinco ataques entre a noite de segunda e a manhã de ontem. Um mototaxista foi ferido com um tiro no braço.

A primeira ofensiva aconteceu pouco depois das 21h da segunda-feira, na Vila dos Pinheiros, uma das 15 favelas do complexo.

Um grupo de militares deslocado para acompanhar uma manifestação foi recebido com uma rajada de tiros.

Quase ao mesmo tempo, ocupantes de um carro que passava pela avenida Brasil, na altura da Vila do João --outra das favelas da região-- atiraram contra dois pontos onde havia grupos de militares de plantão.

Foi nesse ataque que o mototaxista ficou ferido.

De acordo com informe do Comando Militar do Leste, que coordena as ações da Força de Pacificação da Maré, ocorreram ainda "diversos disparos contra a tropa" em outras duas comunidades do complexo: Baixa do Sapateiro e morro do Timbau. Ninguém foi preso.

Ontem, durante o dia, a Folha presenciou provocações de moradores aos militares. Uma mulher passou por um grupo de soldados dizendo, em voz alta, que os militares "não são de nada" e que só estavam na favela "para atrapalhar".

Jornalistas também foram intimidados. "Vocês não são bem-vindos aqui. Não é a área de vocês", disse um homem à reportagem.

À tarde, cerca de 140 policiais civis participaram da reconstituição das mortes de três das dez vítimas de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em junho do ano passado.

GOVERNADOR

Após os ataques contra os militares, o governador, Luiz Fernando Pezão, disse que serão necessários "investimentos durante gerações" para resolver os problemas de segurança na Maré.

"Não vamos ter a utopia de que seis, sete ou dez anos vão resolver essas questões. Vamos precisar de uma geração investindo em educação e saúde ali para vencer essa guerra", disse.

Segundo o governador, a ocupação das Forças Armadas na Maré é apenas o início de um trabalho. Depois da ocupação, será instalada no local uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).


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