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Irmã de grávida morta vive com medo em Fortaleza

ANDRÉ UZÊDA DE FORTALEZA

O dia 5 de abril deste ano nunca será esquecido pela família de Antônia Sheyla Nunes, 25. A enfermeira voltava para casa de carro quando foi abordada por dois ladrões numa moto no bairro Messejana, subúrbio de Fortaleza, capital do Ceará.

Segundo os parentes, ela não reagiu ao assalto. Porém, se assustou com a abordagem e acelerou o veículo.

Os criminosos atiraram contra a vítima e fugiram sem levar nenhum pertence.

Antônia estava grávida de três meses e morreu antes de receber atendimento do socorro médico.

"Não nos sentimos em paz aqui em Fortaleza. A sensação é que vamos ser assaltados e mortos a qualquer momento", diz a irmã mais velha da enfermeira, a vendedora Charlene Gomes, 32.

QUEIXAS

Segundo Charlene, antes de ser assassinada, Antônia já havia se queixado várias vezes da alta criminalidade no bairro.

Ela havia sido assaltada no início deste ano e tinha medo de sair de casa à noite.

"Ela tinha medo do ambiente no qual o filho dela ia nascer. Foi uma barbaridade o que fizeram. Tiraram duas vidas", diz Charlene.

Diante da dor recente provocada pela perda da irmã, ela desabafa: "Nada na vida vai trazê-la de volta. Mas que a morte dela ao menos não seja em vão. Queremos que sirva de exemplo pelo fim da violência".

Os moradores do bairro onde Antônia foi assassinada organizam para domingo uma passeata pedindo mais segurança na região.

Segundo a Secretaria de Segurança do Ceará, nos dois primeiros meses deste ano, a região onde está localizado o bairro Messejana registrou 72 crimes violentos contra a vida. Entra nessas estatísticas casos de homicídio, roubo seguido de morte (latrocínio) e lesão seguida de morte.

Os dados de março ainda não foram computados, segundo a secretaria.


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