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Instituto do Câncer abre 'filial' em Osasco

Unidade oferecerá procedimentos ambulatoriais para pacientes atendidos na sede e que moram naquela região

Proposta é evitar deslocamentos a São Paulo; 11% dos pacientes atuais vêm da região de Osasco

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) terá sua primeira unidade satélite fora da capital paulista.

Será no município de Osasco, na Grande São Paulo, cuja região responde por 11% dos 36 mil pacientes em tratamento hoje no hospital.

A proposta é que, a partir de julho, os pacientes de sete municípios daquela região não precisem mais se deslocar até São Paulo para se submeter a procedimentos ambulatoriais como quimioterapia e radioterapia e a consultas com médicos e outros profissionais da saúde.

Segundo Marisa Madi, diretora-executiva do hospital, atendimentos iniciais, como a cirurgia e a internação, continuarão sendo feitos na sede do Icesp, em São Paulo.

Depois da alta, a ideia é que ele seja acompanhado em Osasco. Caso haja alguma intercorrência (necessidade de internação, por exemplo), ele volta a São Paulo.

"A questão da mobilidade na capital está muito crítica. É muito sofrido para os pacientes esse deslocamento", explica Marisa.

Diego Rafael Teixeira Silva, 24, morador de Osasco, sabe bem o que é isso. Em janeiro de 2012, ele foi diagnosticado com linfoma e passou por oito sessões de quimioterapia. Agora, faz consultas de controle a cada quatro meses.

"Demoro quase duas horas no trajeto entre a minha casa e o Icesp. Tenho que pegar dois ônibus e um trem."

Para ele, uma unidade mais perto de casa traz mais segurança. A doença fez Diego interromper a carreira de jogador de futebol. Agora, ele é supervisor de um time infanto-juvenil da cidade.

A unidade de Osasco será entregue em três etapas. A primeira delas será a quimioterapia. Haverá 12 poltronas para o procedimento.

Na primeira etapa também entrarão em funcionamento os consultórios de oncologia clínica, o setor de cuidados paliativos e o atendimento com a equipe multidisciplinar (nutricionistas e psicólogos, por exemplo).

Serão ainda instalados seis leitos hospital-dia (para permanência de curto prazo) para procedimentos que não demandem internação.

A última etapa do projeto será a compra e a instalação de dois equipamentos de radioterapia, o que deve acontecer em até dois anos.

O investimento previsto é de R$ 10 milhões (obras, mobiliário e equipamentos). Depois de pronto, o custeio será de R$ 3,5 milhões mensais. Serão contratados ao menos 90 novos funcionários. A previsão é que em torno de 3.500 pacientes sejam atendidos na unidade satélite.

Inaugurado em maio de 2008, o Icesp é um órgão do governo paulista, em parceria com a Fundação Faculdade de Medicina. É um dos maiores hospitais especializado em tratamento de câncer da América Latina.


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