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Homicídios caem 12% na cidade de São Paulo
Apesar de nova redução em março, taxa ainda é considerada epidêmica
Tendência de queda de homicídios se repete desde 2013, mas índice continua superior ao recomendado pela OMS
Os casos de homicídios caíram no mês passado em relação a março de 2013, principalmente na capital paulista --onde a queda foi de 12%. No Estado, houve uma ligeira diminuição, de 0,75%.
No trimestre, a redução dos casos foi de 3,28% no Estado e de 4,93% na cidade.
Com isso, as taxas de homicídios por 100 mil habitantes ficaram em 10,08 na cidade e em 10,32 no Estado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, taxas acima de 10 homicídios por 100 mil habitantes são consideradas epidêmicas.
O número de vítimas de homicídios também diminuiu. Os números de casos e de vítimas diferem porque, em cada caso registrado, pode haver mais de uma vítima.
Foram assassinadas no Estado 416 pessoas no mês passado, contra 432 em março de 2013. Na capital paulista, as vítimas foram de 125, em março do ano passado, para 110 no mesmo mês deste ano.
Apesar de dizer não estar "satisfeito" com a redução de 0,75% de homicídios no Estado em março (três casos a menos que no mesmo mês de 2013, num total de 398), o secretário Fernando Grella disse que os dados indicam uma "tendência de queda" mantida nos últimos 11 meses.
Nesse período, a única exceção foi janeiro, que teve aumento de 1,2% no Estado.
"O importante é que isso fique numa faixa que revele uma tendência ao longo do tempo. Nós não precisamos ter uma queda de 10%, de 20%. Basta que haja uma tendência", afirmou Grella.
No caso dos roubos, o Estado considera que parte da alta é influenciada pelos registros pela internet, permitidos a partir do fim de 2013.
Os casos de latrocínios (roubos seguidos de morte) também tiveram ligeira queda na capital, de 10 para 9 casos na comparação entre março de 2013 e deste ano. Mas, no Estado, foram 36 casos neste ano ante 34 em 2013.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a taxa média de homicídios no país é de 26 por 100 mil habitantes e São Paulo é o Estado com menor índice do país.
O governo comemora esse resultado porque a taxa paulista já foi superior a 30 casos por 100 mil habitantes no início dos anos 2000.
