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Alvo de auditoria, secretária do Estado diz que apuração 'tem viés'

Linamara Rizzo Battistella confirma pagamentos à irmã, mas nega irregularidades

Investigação feita pelo próprio governo de SP aponta indícios de fraudes em órgão que atende a deficientes

DE SÃO PAULO

A secretária estadual da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, disse ao site G1 que a investigação que aponta indícios de irregularidades na entidade criada pelo governo de São Paulo para fazer a reabilitação de deficientes, a Rede Lucy Montoro, "teve viés".

Entre outros indícios de irregularidades, a apuração detectou que a irmã de Linamara, Maysa Rizzo Cortiñas, teve diárias de hotéis e passagem pagas, além de um carro oficial à disposição, apesar de não possuir vínculo com a entidade.

O conteúdo da auditoria, feita pelo próprio governo do Estado, foi publicado ontem pela Folha.

Ao site, a secretária confirmou o pagamento de passagem aérea para Porto Alegre em 2012 e o uso do carro oficial, apontado pelos auditores. Segundo ela, a irmã recebeu os benefícios na condição de economista da Fipe (entidade ligada à USP).

"A passagem foi comprada no sistema público do governo do qual a Secretaria de Pessoa com Deficiência Física participa. Ela foi comprada porque era interesse da secretaria que um técnico da Fipe [estivesse presente] ", disse.

Maysa, no entanto, se apresentava em eventos públicos e em entrevistas como representante da Rede Lucy Montoro e da secretaria.

A Folha não localizou ontem nenhum representante da Fipe para falar sobre o caso.

Sobre o carro, a secretária afirmou que o uso do veículo por Maysa foi "intermitente e eventual", para viagens de trabalho ao interior.

Ela também justificou o e-mail da entidade usado pela irmã (maysa.cortinas@redelucymontoro.org.br).

"O fato de usar um e-mail para se relacionar com os representantes de uma rede que vão formar, trazer informações para que a gente possa construir uma lógica de indicadores não significa que ela seja funcionária. Simplesmente era para eles identificarem que o que estava sendo pedido tinha lógica", afirmou Linamara.

Os auditores também questionaram a contratação sistemática da empresa L + M Gets para obras da rede. Sobre isso, ela afirmou que as contratações são realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde.

"É absolutamente inverídico tudo o que está escrito lá. Seria associar com uma questão com que eu não tenho nem autoridade e nem competência de decidir", disse.

A Secretaria da Saúde afirmou que enviou o relatório dos auditores à Corregedoria-Geral do Estado, que poderá fazer novas investigações.

Linamara também afirmou estar "pagando o preço do sucesso" do trabalho da rede. "Porque se ele fosse um projeto medíocre, ninguém ia estar interessado em atacar."

Sobre a contagem de médicos feita pelos auditores, que encontraram 18 profissionais em cinco unidades da capital paulista onde havia previsão de 64, ela afirmou à TV Globo que a contagem dos auditores foi feita de maneira errada.


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