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Genilda Joaquim de Araujo (1946 - 2014)

Referência na festa de São João de Sergipe

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Para dona Gilda, o momento mais esperado do ano era quando sua quadrilha junina com mais de 80 componentes de trajes típicos, adentravam o ginásio de competição.

Bastava que o narrador começasse seus versos anunciando a chegada dos bailarinos e os olhos de Gilda enchiam de lágrimas.

Gilda era uma servidora pública que passou anos trabalhando em escolas e creches de Aracaju. Na década de 80, juntou-se com os vizinhos para enfeitar sua rua para a festa de São João. Colocou bandeirinhas, balões e fez fogueiras. Organizou também uma quadrilha de crianças.

A tradição se manteve e as crianças se tornaram adultos que continuaram dançando na quadrilha que foi batizada de Asa Branca.

O grupo passou então a percorrer o Nordeste em competições com outras quadrilhas. As viagens eram feitas em animadas excursões de ônibus comandadas por Gilda.

A mulher virou referência local quando o assunto era quadrilhas juninas. Organizava festas e ia ao comércio captar patrocínio, num trabalho que durava todo o ano.

De espírito generoso, chamava todos que encontrava de "meu filho". Assim, acumulou uma legião de filhos, além dos quatro biológicos.

A todos passou o ensinamento de cumprir bem qualquer trabalho que se prestassem a fazer. "A gente só pega na rudia', quando a gente pode com o pote", dizia.

Morreu de parada cardiorrespiratória no último dia 17, aos 68 anos, em Aracaju.

Na missa de sétimo dia, estiveram presentes bailarinos dos últimos 30 anos de sua quadrilha.


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