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Sérgio Roberto Leite Valença (1965 - 2014)

Pezão, produtor cultural do Recife

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Quando Pezão, como era conhecido, era apenas um adolescente na década de 70, viu passar pela soleira de sua casa seu primo. Uma figura quase mítica de barba e cabelos esvoaçantes que atendia pelo nome de Alceu Valença. "Um lampião moderno", Pezão descreveu certa vez em uma entrevista.

No São João de Caruaru de 1986, Pezão começou a seguir o primo em seus shows. Trabalhava de graça com qualquer ofício. Abandonava assim a graduação de direito.

Trabalhando com o parente ilustre adquiriu experiência montando palcos e projetando a iluminação dos shows. Não era raro, em algum grotão do país ou festival no mundo, tinha que pendurar-se nas estruturas de ferro para fazer alguma gambiarra que viabilizasse o espetáculo.

Depois de sete anos e algumas brigas com Alceu, ficou fascinado por um cantor e uma banda de sua terra: Chico Science e Nação Zumbi, ícone da música brasileira nos anos 90. Mais uma vez, ofereceu-se a trabalhar de graça. Com eles, voltou a rodar o mundo e a ter uma rotina de rock-star.

A parceria acabou no dia de seu aniversário quando Science morreu em um acidente.

Trabalhou ainda com Lenine, que o chamava de irmão. Depois disso, esteve à frente por dez anos da produção artística dos shows do carnaval do Recife, no Marco Zero.

Era conhecido pelo temperamento explosivo no trabalho, mas doce com a família.

Morreu no dia 25 devido a complicações da acromegalia. Deixa irmãos e a mãe. Uma missa do sétimo dia será feita na sexta-feira, às 19h, na igreja das Graças, no Recife.


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