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Cotidiano

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Governo do Acre fretou 50 ônibus para SP

Estado gastou R$ 1,6 milhão no transporte

LUCIANO TAVARES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIO BRANCO (AC)

O governo do Acre gastou R$ 1,6 milhão no fretamento de 50 ônibus para enviar a São Paulo cerca de 2.200 imigrantes, entre eles senegaleses, dominicanos e, principalmente, haitianos.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Acre, cada viagem, com 44 estrangeiros, custou R$ 32 mil. Até domingo, já haviam sido feitas 41 viagens desse pacote.

O envio dos imigrantes a São Paulo nas últimas semanas, sem aviso prévio, gerou troca de farpas entre o governo do Acre e a prefeitura e o governo de São Paulo.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social do Acre, Antônio Torres, os imigrantes são aconselhados a procurar a capital paulista devido à facilidade de acesso a outras cidades das regiões Sul e Sudeste.

"Os que escolhem ir a essas cidades ficam na rodoviária de São Paulo, mas há os que preferem procurar emprego por lá mesmo [capital paulista]", afirma.

BRASILEIA

Em média, todo dia entram no Brasil cerca de 20 haitianos, senegaleses e dominicanos por meio da fronteira do Peru com o Acre.

Antes de ir a Rio Branco, onde foi montado um abrigo improvisado, a maioria dos imigrantes dorme em Brasileia. O município, a 220 km da capital do Acre, teve o abrigo fechado por superlotação e falta de estrutura.

Reportagem da Folha deste mês mostrou a situação degradante a que mais de 1.500 pessoas estavam submetidas no local devido à falta de condições de higiene e à escassez de água potável.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Acre, ao menos 20 mil estrangeiros entraram no país desde 2012 pelo Estado. "Deixei os meus três filhos com a minha mãe e vim para ficar com a minha irmã e trabalhar no Brasil", afirmou a haitiana Jaqueline Pierre. Hospedada no abrigo de Rio Branco, ela aguardava uma vaga em um ônibus com destino a São Paulo.

No abrigo, aproximadamente 300 imigrantes dormem em um galpão em colchões estendidos no chão. Eles recebem café da manhã, almoço e jantar. O local também acolhe vítimas de enchentes no Acre.


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